Júri do atentado a policial

Três homens, acusados de tentativa de homicídio contra um policial civil, serão julgados hoje. Robson Jorge Vieira, Robson Viana Rosa e Carlos Alberto Fagundes estão presos, respondendo pelo crime que vitimou o investigador Luís Horácio Germinari, 43 anos. O policial, na época lotado na Delegacia do Adolescente, participava de uma operação policial em dezembro de 1998, quando recebeu um tiro no olho, que o deixou cego. O próprio Germinari será uma das testemunhas no júri.

O episódio teve início na manhã de 10 de dezembro de 98, quando um rapaz de 17 anos, Wellington Alves de Assis, o “Guinho”, que estava recolhido na Delegacia do Adolescente por roubo, foi levado por dois policiais daquela especializada até um barraco na favela Ouro Verde, Uberaba. Os investigadores Germinari e Amaral pretendiam levantar outros assaltos praticados por “Guinho” e seu bando, e prender comparsas dele. Amaral saiu em busca de pistas enquanto Germinari ficou cuidando de “Guinho” na viatura. De surpresa, surgiram quatro homens armados, que renderam Germinari e tomaram-lhe a arma. Depois que o bando libertou “Guinho”, um dos bandidos disparou alguns tiros. Duas balas atingiram a cabeça do policial.

Caçada

O colega Amaral pediu reforços policiais e levou Germinari para o hospital. Na seqüência, equipes do Cope, do Tigre e de outros distritos iniciaram uma caçada aos marginais. Os policiais descobriram o esconderijo da quadrilha, na invasão Iguaçu II, Uberaba, e invadiram o barraco, dando voz de prisão. “Guinho”, que portava dois revólveres calibre 38, tentou reagir e foi baleado na testa por um único disparo, morrendo instantaneamente.

No local, foram presos Robson Jorge Vieira, então com 19 anos, Carlos Alberto Fagundes, também com 19, e outros quatro homens (dois adolescentes), todos integrantes da quadrilha. No barraco, além dos dois revólveres que estavam com “Guinho”, havia outras armas e maconha. Robson Viana Rosa foi detido posteriormente.

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