Juiz nega pedido da defesa pra levar jurados até Guaratuba

O juiz Rogério Etzel, da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, negou o pedido dos advogados Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida e Haroldo César Nater, que queriam levar o corpo de jurados até o Litoral do Estado, para conhecer a serraria dos Abagge, onde o garotinho Evandro Ramos Caetano, 6 anos, teria sido morto em um ritual de magia negra há 13 anos. Os advogados foram nomeados pelo juiz para defender Airton Bardelli dos Santos e Francisco Sérgio Cristofolini, no julgamento que começa às 9h de hoje e tem previsão de se estender por oito dias.

Os dois são acusados de praticar o crime junto com outras cinco pessoas. Três delas – Osvaldo Marcineiro, Vicente de Paula Ferreira e Davi dos Santos – já foram condenadas em julgamento realizado em abril do ano passado. Celina e Beatriz Abagge, mulher e filha do então prefeito de Guaratuba, Aldo Abagge, foram levadas à júri popular em 1998 e absolvidas. O Ministério Público recorreu e as mulheres devem voltar ao banco dos réus ainda este ano.

Pedido

Os defensores ingressaram com o pedido após visitarem a serraria no último fim de semana, no bairro Mirim, em Guaratuba. "É uma empresa de fundo de quintal, que fica em um bairro residencial. Seria impossível matar o garoto naquele lugar e ainda retirar o corpo sem que nenhum morador visse, já que era baixa temporada e a cidade é pequena", salientou o advogado Matheus Gabriel. Ele disse que apesar da negativa do juiz, que presidirá o julgamento, a defesa não desistiu de levar o corpo de jurados ao Litoral. "Vamos perguntar aos próprios jurados se eles querem ir", avisou o defensor.

O juiz Rogério Etzel argumentou que não há necessidade de os jurados irem até o local, onde teria sido praticado o crime, porque devido ao tempo -13 anos – a serraria já sofreu modificações. Além disso, consta no processo fotos e o croqui da serraria. A "casinha?, construída no terreno da empresa para sacrificar a criança também já não existe mais.

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