Uma discussão entre casal terminou em morte às 15h de ontem, na Rua Jornalista Aderbal Stresser (Avenida do Trabalhador), na Vila São Domingues, no Cajuru. Raquel Ferreira Gomes, 22 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça, na escadaria próxima da linha do trem. Médicos do posto de saúde São Domingues, localizado em frente ao local do crime, tentaram socorrer a jovem e arrastaram o corpo até a ciclovia, mas o atendimento foi em vão e Raquel morreu no local. O suspeito do crime, segundo policiais militares, é o amásio da vítima, um rapaz chamado Valdir, que desapareceu.
O soldado Emerson, do Regimento de Polícia Montada (RPMont), informou que um motorista de ônibus passava pelo local e viu o casal discutindo. De repente ouviu três tiros. Olhou e viu a jovem caída na escadaria e o rapaz correndo. Em seguida, pessoas que estavam na redondeza se aproximaram para ver o que havia acontecido. Os médicos do posto deixaram os pacientes aguardando para tentar salvar a vida de Raquel.
Salão
A irmã de Raquel, Rosimar Ferreira Gomes, contou que ela foi ao salão e cortou os longos cabelos e pretendia vendê-los. Logo depois, encontrou o amásio, com quem convivia há três meses. Em seguida veio a notícia que Raquel estava morta, a duas quadras de sua casa. “Não sei se foi ele, mas o Valdir desapareceu”, disse Rosimar.
Ela afirmou que Raquel era usuária de crack há cinco anos. “Minha irmã trabalhava, estudava, mas depois que começou a usar essa droga mudou completamente”, lamentou. Segundo ela, Raquel tinha um filho de 4 anos e morava com a família, mas não tinha uma vida “normal”. Há três meses conheceu Valdir, que também é usuário de crack, e foi morar na casa dos pais dele. O casal se desentendeu com a família do rapaz e foi morar em uma padaria, no mesmo bairro, onde prestavam serviços. Mas o emprego não durou muito e eles se mudaram para a casa da família de Raquel, onde viviam. “Depois que ela se envolveu com drogas, acabou tudo”, comentou Rosimar.