Jovem executado na frente do bar

A felicidade de ter conseguido seu primeiro emprego fez com que Maikon Robes de Aguiar, 19 anos, aceitasse o convite para uma comemoração em um bar da Rua José Manoel Voluz, Xapinhal, quinta-feira à noite. Mas ele não chegou a festejar: foi baleado na rua, correu para dentro do estabelecimento, na tentativa de salvar-se e caiu morto, quase atrás do balcão, às 21h30. O pai da vítima acredita que tenha sido uma gangue, que matara outro jovem semana passada.

O dono do bar contou que o assassino estava de bicicleta e chamou Maikon pelo nome antes de atirar e fugir. Junto com o ferido outras pessoas correram para dentro do estabelecimento e, na confusão, quebraram o vidro do balcão refrigerado. Segundo o cabo Gilberto, da Companhia de Choque, ele e sua equipe seguiram a orientação de testemunhas que contaram cinco pessoas junto com o assassino. “Fizemos buscas no matagal que nos indicaram, mas não conseguimos encontrar nenhum suspeito”, relatou o policial. Os milicianos foram avisados pela mãe de Maikon, enquanto patrulhavam o bairro.

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Para o soldador Luiz de Aguiar, 52 anos, a morte de seu filho mais velho não foi uma surpresa. Conforme lembrou, há cerca de uma semana, um rapaz conhecido por “Fabinho” teria sido morto por engano. “Eles pensaram que era meu filho”, disse, acreditando que os assassinos façam parte de uma gangue do bairro. Sobre a vida do jovem, Luiz disse que ele se metia em brigas em bares e discotecas, apesar dos conselhos para que estudasse e trabalhasse.

Há cerca de seis meses Luiz tirara o filho da prisão, com a ajuda de um advogado, onde estava detido por furto de objetos em residência. “Ele estava contente por ter conseguido o emprego de frentista”, lamentou o pai, do lado de fora do bar. Lá dentro, em avaliação preliminar a Polícia Científica, contou um disparo na lateral do peito do rapaz.

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