Incêndio na favela do Parolim deixa 12 famílias sem teto

Fogo, fumaça e água despertaram os moradores da área da favela do Parolin, ontem, no final da madrugada. Um incêndio criminoso atingiu várias casas da Rua Augusto de Mari e imediações, e deixou 12 famílias desabrigadas. Durante a tarde, a Defesa Civil municipal e a Fundação de Ação Social (FAS) visitaram as famílias que ficaram sem teto, para doar cestas básicas e cobertores.

Os bombeiros agiram rápido para impedir que o incêndio se alastrasse em outras moradias, a maioria de madeira. Mesmo assim, dez casas foram totalmente destruídas e outras tiveram paredes e parte do telhado consumidos pelo fogo.

Para extinguir as chamas, os bombeiros usaram vários caminhões-tanque, gastando em um total de 65 mil litros de água e receberam o apoio de policiais militares do 13.º Batalhão. Uma das dificuldades encontradas pelos bombeiros foi a proximidade entre as moradias e a dificuldade de acesso a algumas delas. O primeiro chamado foi registrado às 5h30 e o trabalho só foi encerrado depois das 9h.

Crime

Segundo comentários no local, o incêndio começou no quarto de uma das casas destruídas. A moradora, de 21 anos, seria usuária de drogas e, sob efeito delas, teria tentado suicídio, cortando os pulsos. Como não conseguiu pôr fim à própria vida, ateou fogo no colchão.

Ao saber da situação, que por pouco não provocou uma tragédia no Parolin, outros moradores queriam linchar a incendiária. A jovem foi levada pelo Siate para o Hospital Evangélico, com ferimentos médios.

Solidariedade

Uma equipe da FAS e outra da Defesa Civil municipal foram até o Parolin, ontem à tarde, e doaram uma cesta básica para cada uma das famílias atingidas, além de cobertores e acolchoados. “Das 12 famílias, quatro foram instaladas na Associação de Moradores do bairro e as restantes se abrigaram em casas de parentes”, relatou a assistente social Jacinta Tromberg Guinski, gerente-operacional da Central de Resgate Social.

Ao todo, 39 pessoas (17 são crianças e adolescentes) ficaram sem ter onde morar e perderam todos seus pertences no incêndio. Hoje, a Regional Portão, irá continuar o atendimento às famílias desabrigadas. Entre o que será feito está a emissão da segunda via dos documentos consumidos pelo fogo. O coronel Sanderson Diotalevi, chefe da Defesa Civil municipal, também acompanhou o trabalho de atendimento emergencial às famílias, com os técnicos e assistentes sociais da FAS.

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