Garotas de programa “rifadas” na internet

A Delegacia de Ordem Social está tentando tirar do ar um site da internet que promete sortear uma garota de programa. O crime é conhecido como rufianismo – caracterizado no artigo 230 do Código Civil -, em que o autor participa dos lucros do exercício da prostituição.

O site foi lançado há cerca de cinco meses por Ricardo (não quis relevar o sobrenome), um curitibano de 23 anos. Através do endereço www.sexys.com.br , que funciona como um portal eletrônico de agenciamento de garotas de programa, o visitante pode participar do “loto erótica”. Através do pagamento de R$ 10,00 – que poderia ser feito através de depósito bancário ou transferência – o internauta concorre ao sorteio de uma garota, que pode ser escolhida entre uma lista de 30 mulheres.

Segundo o delegado Fauze Salmen eles receberam uma denúncia sobre a ilegalidade do site através da ouvidoria das polícias. O autor foi localizado e ouvido na semana passada, se comprometendo a tirar o site do ar. Como isso não aconteceu, ele será novamente ouvido hoje, às 10h30, na Delegacia de Ordem Social.

De acordo com o delegado, se o autor voltar a descumprir a ordem da polícia, poderá ser enquadrado no artigo 230, que diz que “tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos lucros, ou fazendo se sustentar, no todo, ou em parte, por quem a exerça”, é crime e prevê o pagamento de multa e reclusão de 1 a 4 anos de prisão. Salemem adiantou que outro site, o classisex, que divulga lista de contatos com prostitutas, deverá sair do ar.

Consciência

O responsável pela “loto erótica” disse que tem consciência que o site é ilegal, porém garantiu que não visava lucro, pois ele se sustenta com as publicidades da página, que tem uma média 1.500 acessos diários. Ricardo negou que ganhe alguma comissão das garotas que conseguem programa através da página, pois não as conhece e nem mantém contato com elas. “Ninguém paga. Só usam a página para chamar as meninas”, explicou. Ricardo disse que o site já deveria ter saído do ar, e se ele ainda continuava disponível era um problema no provedor.

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