Executado na frente da família

Um homem encapuzado preparou uma terrível vingança contra o empresário da noite Amilton Bocardi, 41 anos. Depois da invadir a casa de sua vítima, na Rua Astorga, Jardim Guaraituba, Colombo, o desconhecido não teve dó em executá-la com dois tiros, na frente da mulher e filhos. O empresário, recentemente envolveu-se em dois episódios violentos, e um deles, acredita a polícia, está ligado com o crime.

Amilton era dono da boate Drinks 2000, construída no mesmo terreno em que morava. O empresário fechou o estabelecimento às 4h de ontem e levou algumas ?funcionárias? para suas respectivas residências. Pouco depois de voltar para casa, foi acordado pela esposa, que ouviu barulho na janela.

Assim que se levantou e abriu a porta, Amilton foi rendido por um homem negro, armado, que usava capuz de motoqueiro. O invasor dominou a vítima e a mulher e amarrou ambos com cabos de eletricidade. ?O homem perguntou se Amilton lembrava dele, e disse que o levaria para dar uma volta?, relatou o superintendente da delegacia do Alto Maracanã, Job de Freitas, baseado no depoimento da mulher.

O empresário conseguiu desamarrar as mãos e num vacilo do desconhecido atracou-se com ele. A luta foi feroz, mas inglória para Amilton: ele levou um tiro na cabeça, outro na nuca e morreu na frente da mulher e dos dois filhos pequenos. O autor pulou o muro e foi embora em um carro, de modelo não identificado, que o aguardava na esquina.

Broncas

O criminoso não deixou claro o motivo da vingança – o que gerou duas hipóteses para o fato. No final do ano passado, Amilton envolveu-se num acidente de trânsito fatal. Enquanto dava à ré em seu carro, atropelou um homem, que bateu a cabeça no chão e morreu. ?Ele chegou a ficar preso conosco, mas logo saiu. Foi uma fatalidade?, disse o superintendente. Parentes do atropelado, porém, teriam se revoltado com o caso.

Outro incidente ocorreu há cerca de um mês. O empresário flagrou dois homens tentando arrombar a boate e os enfrentou. Um dos bandidos foi baleado e outro fugiu.

No mesmo dia em que foi morto, Amilton recebeu três ameaças de morte, feitas em ligações a cobrar para seu telefone celular. O aparelho foi o único objeto que o assassino levou da casa da vítima. ?Se descobrirmos a origem dessas ligações, poderemos achar o matador?, acredita o policial.

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