Com um tiro no olho, o adolescente Douglas Alberto Gregório Chaves, 16 anos, foi executado no início da manhã de ontem, na Rua Malva, Jardim Tupi, em Araucária.
O corpo foi encontrado por moradores, quase uma hora depois do crime, estendido no meio da rua de terra.
Um projétil calibre 22, que estava na gola da jaqueta da vítima, foi recolhido pelo perito da Polícia Científica.
Apesar do frio, muitos curiosos se aglomeraram para ver o corpo, mas nenhum deles forneceu qualquer informação sobre o que poderia ter acontecido. Somente com a chegada do perito Antônio Carlos alguns detalhes foram apurados. ?Pela rigidez cadavérica acredito que o crime tenha ocorrido por volta das 7h?, disse ele.
O perito também constatou que a vítima foi atingida por apenas um disparo no olho.
O soldado Mário, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência junto com o soldado Gomes, contou que os moradores preferem não fornecer informações para não sofrer represálias. A mãe da vítima também esteve no local do crime, mas saiu às pressas, contando apenas que esta não é a primeira tragédia que atinge sua família. ?Chegamos às 8h30 e a mãe dele já estava aqui. Ela nos contou que este é o seu segundo filho que morre assassinado. O outro foi morto há um ano e meio em uma danceteria. Agora, só sobrou uma filha?, disse Mário, lembrando que a mulher foi embora rapidamente para avisar os outros parentes sobre o assassinato de Douglas.
Motivos
O motivo da execução deverá ser apurado por policiais da delegacia de Araucária, que ontem já começaram a identificar testemunhas. ?Vamos ouvir amigos e parentes da vítima. Certamente, depois que soubermos mais detalhes sobre a vida de Douglas chegaremos ao autor do crime?, contou o delegado Agenor Salgado, titular da delegacia do município.
?Nos casos de homicídio em bairros violentos, como o Jardim Tupi, muitas informações chegam alguns dias depois do crime, por meio de ligações anônimas?, finalizou Salgado.