Dez presos escapam do 1º Distrito Policial

Dez presos ganharam as ruas do centro de Curitiba às 2h40 de ontem depois de fugirem da carceragem do 1.º Distrito Policial, situado na esquina da Travessa da Lapa com Rua André de Barros. Todos os fugitivos estavam na cela número um. Até o final da tarde, nenhum deles havia sido recapturado.

De acordo com o chefe da carceragem, José Roberto Vargas, os detentos estouraram o cadeado da cela e chegaram até o corredor. Em seguida arrombaram a porta que dá acesso à garagem e depois pularam o muro, alcançando a Travessa da Lapa. Após a fuga, os plantonistas pediram reforço policial. Viaturas da Polícia Militar realizaram patrulhamento pela região central da cidade, mas não obtiveram êxito na recaptura.

Escaparam Márcio Padilha Henrique; Wellington Nobre de Araújo; Davi Odorino da Silva; Fernando Pereira da Paixão; José Renato da Silva; Leonildo Luís Simões; Joel Francisco Biscarra; Marcos Renato Santos de Oliveira (todos presos por roubo); Airton dos Santos (furto) e Robson Carlos André (latrocínio).

Fugas constantes

Durante a madrugada do dia 31 de dezembro, uma tentativa de fuga foi frustrada pelos plantonistas do mesmo distrito. Alguns detentos já haviam conseguido escapar da carceragem, serrando as grades, e estavam no telhado do prédio quando foram descobertos. Foi necessária uma atuação mais enérgica dos policiais – inclusive com tiros de alerta – para conter os fujões.

Em 30 de outubro, nove presos conseguiram a sua liberdade fugindo do distrito. Desse total, apenas quatro foram recapturados. Os cinco evadidos estavam presos por roubo e porte ilegal de arma.

Perigo

Apesar de relativamente nova, a carceragem do 1.º Distrito não traz condições de segurança aos policiais que lá trabalham e à população. A superlotação das duas celas faz com que a todo instante os detentos tentem escapar. Na fuga de ontem, 20 homens dividiam o espaço nas celas – dez em cada uma. A capacidade é para quatro.

No mês de novembro, 30 detentos chegaram a dividir as duas celas. Diante da superlotação, o projeto inicial de uma cela masculina e outra feminina não está sendo cumprido. As duas celas são ocupadas por homens. Outro problema enfrentado pelos policiais é conseguir vagas no sistema penitenciário para a transferência de presos.

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