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Desmantelada quadrilha de roubo de cargas

Uma das maiores quadrilhas de roubo, desvio e receptação de cargas roubadas do Sul do País foi tirada de circulação pela Operação Carga Pesada, deflagrada pela Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), com o apoio de policiais civis do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

Foram cumpridos 10 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão, simultaneamente em Toledo, Cascavel e Maringá, no Paraná; e Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. A polícia apreendeu radiocomunicadores e mercadorias roubadas, como calças, chocolates, produtos de limpeza e acessórios de veículos.

O grupo já estava sendo investigado há mais de nove meses por envolvimento em pelo menos seis roubos, que resultaram num prejuízo de mais de R$ 1 milhão. Eles agiam em estradas do Sul e Sudeste do Brasil, roubando cargas de eletroeletrônicos, comida, roupas e pneus.

Segundo o delegado-chefe da DEDC, Marcus Vinícius Michelotto, a primeira apreensão aconteceu em novembro de 2008, depois de apreender, num barracão de Fazenda Rio Grande, uma carga de pneus e outros produtos roubados.

“Quatro meses depois parte do grupo foi preso em Araucária, com carga avaliada em mais de meio milhão de reais em sapatos de luxo. Na época, quatro homens foram presos com toda a carga que havia sido roubada em Santa Catarina”, explicou. Depois destas duas apreensões, as investigações se intensificaram até descobrir a forma como o grupo agia.

O suspeito de ser o líder do grupo é Onézio Fagundes Ferreira, 40 anos. Ele e mais nove pessoas se dividiam em diversas funções como passar informações sobre as cargas a serem roubadas, executar os roubos, transportar as mercadorias roubadas, armazená-las e revendê-las.

“O grupo era muito bem organizado, e as investigações continuam para prender outros envolvidos nos crimes.” O delegado ressaltou que investiga a participação de funcionários de transportadoras, que dão informações a respeito das cargas a serem roubadas, de eletricistas para desativar equipamentos de segurança e dos receptadores finais. “Os receptadores são comerciantes de cidades do interior do Paraná e do Rio Grande do Sul”, completou.

Dos dez presos, oito possuem passagem pela polícia, a maioria por roubo, formação de quadrilha e receptação e serão autuados novamente pelos mesmo crimes. Além deles, a polícia identificou mais pessoas, que deverão ser presas nos próximos dias.