Depois dos fios telefônicos, vândalos atacam Sanepar

Além de roubar cabos telefônicos, inviabilizando o serviço, os vândalos começam também a deixar a população sem água. Na última terça-feira, em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, os marginais roubaram cabos eletrônicos de uma estação de captação e tratamento de água. A cidade com 6.500 habitantes ficou totalmente desabastecida. Em algumas regiões o problema só pôde ser resolvido depois de 24 horas.

Há três meses os marginais começaram a atacar as estações da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Eles estão em busca do cobre presente nos cabos eletrônicos para vender para empresas que compram esse tipo de material. Outros municípios afetados foram Quitandinha e Fazenda Rio Grande. Mas nelas o problema acabou sendo menor, e o abastecimento foi normalizado em menos tempo.

Em Mandirituba, a interrupção começou às 8h da manhã de terça-feira, e a água só voltou às torneiras na parte mais baixa da cidade à meia-noite. Já os moradores da parte alta tiveram que esperar até as 10h de ontem.

Para evitar que a situação se repita, a Sanepar vai investir cerca de R$ 150 mil em segurança. Os muros da unidade serão aumentados e um sistema de segurança eletrônico vai ser instalado. Segundo o gerente da Unidade de Receita Metropolitana Sul da empresa, Sérgio Wippel, esses mecanismos eram adotados somente em grandes cidades, uma vez que em municípios menores não ocorria este tipo de vandalismo. A Sanepar já pediu providências à Polícia Militar. Os autores dois roubos anteriores ainda não foram localizados.

Depredação

Também é impressionante a atividade dos vândalos em Curitiba. Segundo a chefe do serviço de mobiliário urbano do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Maria Teodoroviz, 8% do mobiliário instalado a partir de março de 2003 na cidade são danificados ou furtados todo mês. No total, são 8.500 peças, que incluem pontos de ônibus, lixeiras, totens informativos, bancas, quiosques de flores e outros equipamentos.

Atos

A ação mais freqüente é quebrar os vidros e pôr fogo nas lixeiras, mas eles também furtam peças metálicas e as próprias lixeiras. Maria comenta que está sendo realizado um trabalho preventivo conjunto com a Polícia Militar e a Secretaria de Defesa Social para coibir a atividade. Nos últimos meses chegou a haver uma pequena redução do problema. Maria pede à população que avise a Prefeitura através do telefone 156 quando presenciar a ação de algum vândalo: “Os maiores prejudicados são as pessoas que não podem contar com os equipamentos”, ressalta.

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