O registro da candidatura à presidência da Associação dos Delegados do Paraná (Adepol) feito nesta semana pelo delegado aposentado Aníbal Bassan Jr., modificou totalmente o pleito eleitoral da entidade, que antes tinha o delegado Luís Alberto Cartaxo de Moura como candidato único ao cargo. A mudança provocou eleição, que acontece no próximo sábado, para decidir o sucessor do delegado aposentado Ricardo Kepps de Noronha, que está à frente da entidade há dez anos.
Com isso, Cartaxo não será mais eleito por "aclamação", tendo que disputar os votos dos colegas com Bassan.
A entrada de Bassan no pleito foi uma surpresa para Cartaxo, que mesmo sendo, até então, único candidato vinha fazendo campanha desde o início do ano, visitando diversos colegas no interior do Estado. Cartaxo ressaltou que sua candidatura é fruto de um trabalho antigo, que envolve todas as correntes da classe e tem como meta principal lutar pelo aumento de salários dos delegados, que é o mesmo há 11 anos. "Como havia animosidade entre o governador e o delegado Noronha, pedimos para que ele se afastasse da associação. Precisamos de unidade, de paz entre a Polícia Civil e o governo do Estado", salientou Cartaxo, que é o candidato da chapa "Nova Fase".
Bassan, que presidiu por duas vezes a Adepol, se apresenta como opção de mudança, com a chapa "Classe Unida Independente". Ele lembra que também haverá eleição para o Sindicato da classe (Sindepol), onde há três candidatos e somente um é apoiado pela chapa Nova Fase. "Sou a opção daqueles que querem mudanças", enfatizou Bassan. O delegado informou que a proposta de seu grupo é buscar a dignidade da classe, mais recursos e diálogo com o governo. "Há onze anos os rendimentos de um promotor e um delegado em início de carreira eram os mesmos. Hoje promotor em início de carreira, ganha o mesmo que um delegado no final da carreira", disse Bassan.