Crescem mortes entre motociclistas em Curitiba

Estatísticas divulgadas pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) mostram que o número de mortes de motociclistas em Curitiba quase dobrou no ano passado em relação a 2006. De 23 óbitos chegou a 45. Para evitar tantas perdas, o tenente-coronel do BPTran Jorge Costa Filho lançou ontem uma campanha de conscientização e fiscalização, com a participação de entidades representando motoboys e empregadores, além do Departamento de Trânsito (Detran).

Os dados divulgados mostram que o número de acidentes não teve aumento tão significativo: foi de 5,1%, enquanto a frota aumentou 15,5%, indo de 76.384 para 88.229. Porém, a quantidade de pessoas que perderam a vida assusta: o número chegou quase a dobrar. Isso revela aumento na gravidade dos acidentes.

Costa Filho lembra ainda que os dados do BPTran ilustram apenas uma parte do problema, já que só se referem às pessoas que perderam a vida no local. Não entra nessa conta as que ficaram com seqüelas ou morreram depois de serem atendidas em hospitais. A maioria das vítimas seriam de motoboys.

O presidente do sindicato dos motoboys (Sintramotos), Tito Mori, diz que a velocidade com que os trabalhadores têm que cumprir suas tarefas faz com que muitos cometam irregularidades no trânsito. Diz ainda que o sindicato vem trabalhando para conscientizar a sociedade sobre o problema. Além disso, o projeto de lei que deve ser sancionado pelo prefeito Beto Richa, regulamentando a profissão, deve melhorar a situação desses trabalhadores. Dos 21 mil trabalhadores, apenas 75% têm carteira assinada.

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