Policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prenderam o líder da quadrilha responsável pelo seqüestro do gerente do Banco do Brasil de Carambeí, fato ocorrido no dia 7 de maio. Silvio Moreira Fogaça, também conhecido como “Pastor” ou “Reverendo” era o chefe do bando, segundo a polícia, e recrutava bandidos de diferentes áreas para participar dos crimes. Também foi preso Márcio Adriano da Silva. Com os dois foram apreendidas uma pistola calibre 380, munições de armamento calibre 12 e máquinas de choque.
O delegado Luiz Carlos de Oliveira, titular do Cope, informou que as investigações começaram logo após o seqüestro, quando o gerente, a esposa e o filho do casal, foram rendidos naquela noite, na rodovia que liga Ponta Grossa a Carambeí.
Ele lembrou que o gerente foi separado da mulher e do filho, mediante ameaça de morte. A mulher e a criança foram levadas para um matagal por dois dos integrantes do bando, enquanto o gerente foi conduzido até a sua casa por outros dois marginais, onde ficou até às 5h30 do dia seguinte. “Estes dois indivíduos saíram da casa e ordenaram que o gerente fosse até o banco, comportando-se de forma normal, para retirar o dinheiro do cofre. Depois deveria entregar a quantia em troca da esposa e do filho. Eles queriam R$ 1 milhão”, relatou o delegado.
O roubo acabou sendo frustrado pelo sistema de segurança da agência, que bloqueou a retirada do dinheiro. E funcionários do banco, percebendo alguma irregularidade, comunicaram a polícia de Carambeí.
Investigações
Luís Carlos disse que tinha informações de que um homem chamado Edson Costa tinha participado do seqüestro. “Descobrimos mais tarde, que se tratava de Dineo Pedroso, que foi preso no dia 11”, salientou o policial. A prisão de Dineo ocorreu após um confronto com policiais de Guarapuava, ocasião em que morreu seu comparsa, Gláucio Galdino dos Santos. Os dois tinham assaltado uma empresa na cidade.
As investigações continuaram e foram identificados outros integrantes do bando, entre eles Silvio Moreira Fogaça, que também usa os nomes de Silvio Moreira Garcez e João Alves Rabelo, além de Osvaldo Clemente Pereira. Também foi confirmada a participação de Gláucio Claudino dos Santos no seqüestro.
Prisão
No último dia 28, Silvio Moreira foi preso na divisa de São Paulo e Paraná. “Em seu interrogatório ele confessou sua participação no seqüestro e entregou Márcio Adriano da Silva, que foi preso dois dias depois”, enfatizou Luís Carlos. Ele disse que Márcio foi o motorista de um dos carros usados no seqüestro e quem levou a esposa do gerente até Londrina, onde a mulher foi libertada juntamente com o filho. “Os trabalhos continuam no sentido de identificar e prender um indivíduo conhecido “Du”, que também está envolvido no crime”, informou o delegado.