O comerciante Wilson Matias, 48 anos, foi condenado sexta-feira (10), a três anos de prisão em regime aberto, pela tentativa de homicídio contra o soldado do Corpo de Bombeiros Amauri Cordeiro, 45 anos. O crime ocorreu há 15 anos, no início da madrugada do dia 30 de junho de 2000, num bar da Rua Cid Campelo, na CIC. Amauri ficou 13 dias internado e sobreviveu com sequelas, motivo que o levou à aposentadoria antes do tempo.
De acordo com os advogados que defenderam Wilson, Matheus de Almeida e Douglas Haquim Filho, autor e vítima deram “dimensões” diferentes para o motivo do crime. Wilson, dono do bar onde ocorreu o atentado, disse que Amauri chegou ao local muito embriagado, fora de si, bateu numa mesa com o bastão de uma bandeira de campanha eleitoral, pedindo para ser servido e ofendendo o dono do bar, e quebrou alguns copos. Houve discussão e Wilson deu dois tiros em Amauri. Já a vítima confessa que havia bebido em outro bar antes, com um amigo, mas não a ponto de ficar fora de consciência e provocar Wilson assim. Ele disse que discutiram apenas porque Wilson não quis lhe servir uma cerveja.
Os jurados votaram e optaram por condenar o réu. Então a juíza Mychelle Pacheco Cintra arbitrou os três anos de prisão em regime semi aberto, ou seja, o réu pode continuar em liberdade, mas apresentando-se periodicamente em juízo para prestar conta de suas atividades e com diversas restrições, que ainda serão determinadas pelo juíz da Vara de Execuções Penais. O júri teve como promotora Lucia Inez Giacomitti Andrich. A vítima não acionou advogado, para atuar como assistente de acusação.