CDP recebe primeira leva de detentos

O Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José dos Pinhais, inaugurado na última quarta-feira, recebeu ontem seus primeiros presos. No total, 36 pessoas foram deslocadas do Centro de Triagem II da Polícia Civil, em Piraquara, para o novo presídio, que tem capacidade para abrigar 900 detentos. O empreendimento deve ser integralmente ocupado ainda em janeiro.

De acordo com o diretor do Centro de Detenção, José Guilherme Assis, o Centro de Triagem é que vai abastecer o presídio, atendendo primeiramente à demanda de São José e, em seguida, de Curitiba e Região Metropolitana (RMC). O principal objetivo no momento é desafogar as delegacias, que em vez de acolher somente àqueles em fase de inquérito policial, acabam abrigando pessoas que deveriam já estar cumprindo pena nas penitenciárias. "É um centro de detenção provisória, que em tese seria para presos provisórios – ou seja, que aguardam decisão de sentença. Mas no momento a prioridade são os condenados que estão nas delegacias, superlotadas e com poucos agentes tomando conta. Com um lugar mais adequado, há mais dignidade para o preso no cumprimento da pena", afirma.

A capacidade do presídio, garante Assis, é suficiente para atender a toda a demanda de São José dos Pinhais, além de boa parte da capital e RMC. "A partir de março, serão abertas mais 960 vagas com o Centro de Detenção e Ressocializaçào de Piraquara, que deve atender pelos próximos anos à demanda de Curitiba e Região Metropolitana." O Centro de Detenção Provisória de São José é a primeira de onze unidades previstas para serem inauguradas em todo o Estado nos próximos seis meses.

Transformação

Para Assis, "o centro será uma unidade de transformação do ser humano". Os presos terão condições de estudar e trabalhar e contarão com uma equipe técnica formada por médicos, psiquiatras, odontólogos, assistentes sociais e psicólogos responsável pela integridade física e psicológica dos detentos.

Cada uma das 150 celas terá capacidade para seis presos. Logo na entrada, eles recebem um kit higiene, com barbeador e sabonete, e ganham um uniforme com calça, jaleco e camiseta. Cigarros, isqueiros e outros pertences não podem ficar em posse dos detentos, atendendo a uma medida que tem dado certo nas novas unidades penitenciárias paranaenses. "Posteriormente, o tratamento acaba sendo bem aceito pelos próprios presos", garante Assis.

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