Prejuízo

Cantor presta queixa após confusão em teatro

O cantor Roy Caetano deu queixa à polícia, por calúnia, injúria e falsidade ideológica. Uma pessoa, que ele não sabe quem é, usou o nome do cantor para cancelar um show dele no Teatro Guaíra. E quando o cantor foi ao teatro, para esclarecer o ocorrido, disse ter sido ofendido pela direção.

Roy explicou que agendou seu show O Careta – Diga Não Às Drogas para 1º de agosto. Contratou o teatro para o evento, pagou a locação, a banda e a iluminação que participariam da produção. No dia 24 de julho, descobriu que o teatro recebeu uma carta, supostamente assinada pela produção de Roy, solicitando o cancelamento do show por falta de patrocínio. O artista afirma que não escreveu a tal carta e não sabe quem fez isto em seu nome, já que é ele mesmo quem produz o show. O teatro recebeu a carta e no mesmo dia postou em seu site a notícia do cancelamento.

 

Avisado por amigos da notícia, Roy foi ao teatro esclarecer o caso. A programação continuou e o cantor realizou o show na data marcada, mas apenas alguns poucos fãs apareceram na platéia. “Muitos que compraram ingresso disseram que não foram ao show porque viram a notícia do cancelamento”, diz o cantor, que doaria 50% da renda ao Lar dos Idosos. Sentindo-se prejudicado pela notícia do cancelamento, Roy acionou um advogado e entregou uma notificação extrajudicial ao teatro, anteontem, pedindo uma negociação do prejúizo que teve. Conforme o boletim de ocorrência lavrado no 1º Distrito Policial, Roy alega que foi atendido por um assessor da presidência que, além de xinga-lo de “171, pilantra e vagabundo”, ainda tentou agredí-lo fisicamente.

 

Teatro

A presidente do Teatro Guaíra, Mônica Rischbieter, explicou que de fato receberam a carta no dia 24 de julho pela manhã e, no final da tarde daquele mesmo dia, acataram o pedido do documento e postaram a notícia do cancelamento no site. No dia seguinte, Roy esteve no Guaíra pela manhã e o mal entendido foi esclarecido. “Às 10h, quando a bilheteria do teatro abriu, a notícia do cancelamento já tinha sido corrigida no site, informando que o show ocorreria normalmente. A notícia mal ficou 12 horas no ar”, disse Mônica.

A presidente ainda alega que não sabe quais prejuízos o teatro pode ter causado ao cantor, já que a situação foi normalizada em tempo e o artista realizou o espetáculo. “O fato é que apenas 14 ingressos foram vendidos na bilheteria, no dia do show. Ele comprou os outros 150 e os levou para vender pessoalmente. Se ele vendeu ou não eu não sei. No outro show que ele fez aqui no ano passado, ele reuniu 160 pessoas na platéia. É pouco, já que o Guairinha tem lugar para 500”, revelou a presidente, que explicou que a notificação extrajudicial entregue por Roy ao teatro já foi encaminhada à Procuradoria Geral do Estado para análise.