Caminhão tomba e explode na CIC

Um acidente de trânsito envolvendo um caminhão tanque, carregado com 16 mil litros de combustível, quase provocou uma tragédia às 6h30 de sábado, no cruzamento da Rua João Chede com Rua Cyro Monteiro Pereira, na Cidade Industrial. Com o choque, houve uma explosão, incendiando o caminhão, o asfalto, postes elétricos e de sinalização. Nem o riacho situado a cerca de cem metros do local do acidente escapou das chamas, que também se alastraram para as árvores situadas nas proximidades.

Daniel Alves da Silva, 23 anos, motorista do caminhão placa ATI-0224, saiu da distribuidora de combustível minutos antes da explosão, carregado com dez mil litros de gasolina e seis mil de óleo diesel. Pouco depois, quando trafegava pela Rua João Chede, em direção à BR-476 (antiga 116), Daniel tentou fazer uma conversão para a Rua Cyro Correia Pereira, quando o caminhão tombou e explodiu. O jovem conseguiu abrir a porta do veículo e correr. Ele sofreu ferimentos leves e foi conduzido ao Hospital do Trabalhador.

Fogo

Com o tombamento o combustível derramou e se espalhou por vários metros, atingindo um terreno arborizado situado a cinqüenta metros do local do acidente. Os bombeiros foram chamados, mas não conseguiram impedir a destruição. Nem as araucárias mais distantes escaparam da explosão, que queimou mais da metade de uma delas.

O estrago não atingiu somente a natureza. Os postes de energia elétrica, os semáforos, fios de telefone e de energia também foram destruídos. Por pouco a tragédia não foi maior, já que na esquina em que houve a explosão há um posto de combustível, que atualmente está desativado.

Ontem pela manhã o trânsito no local foi interditado para que funcionários da Copel e de empresas de telefonia regularizassem os serviços na região afetada. Também funcionários da distribuidora estavam limpando o asfalto, coberto pelo combustível e retirando o restante do produto do caminhão tanque, para que houvesse uma nova explosão.

Ameaças contra postos

A explosão do caminhão tanque foi a terceira ocorrência envolvendo combustível registrada pela polícia em uma semana. Antes, dois postos combustíveis passaram por situação de risco, sob ameaça de explosões com bombas. Um petardo de fabricação caseira chegou a explodir ao lado do Posto Pinheiros, na Rua João Dembinski, Campo Comprido, na quarta-feira passada, e o Posto Valle, em Santa Felicidade foi ameaçado -também com bomba -, na sexta-feira. Uma ligação anônima à uma escola vizinha, dizendo que havia uma bomba no posto, fez com que o proprietário acionasse a polícia para verificar a existência do artefato. Os policiais nada encontraram.

O dono do Posto Valle, Rodrigo Ribeiro, disse já ter se acostumado com ameaças, que vem sofrendo desde fevereiro. O motivo seria os preços baixos praticados pelo estabelecimento.

Na explosão no terreno baldio ao lado do posto Pinheiros, o pedreiro Renato Essy, 35 anos, teve as pernas amputadas e permanece internado em estado grave.

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