Caem as gangues “coirmãs”

Em um trabalho conjunto da Delegacia de Estelionato e Roubo de Cargas do Paraná e a de Santa Catarina resultou na prisão de onze pessoas, ontem, e na apreensão de uma carga de malhas avaliada em R$ 450 mil. O delegado Agenor Salgado, titular da especializada, disse que com essas prisões desmantelou duas grandes quadrilhas de roubo de cargas, que agiam juntas nos dois estados.

Foram presos em Santa Catarina: Vanderlei Long; Idésio Bento, 49 anos; Fabiano Bento; Brás Claudino e Vilson Bilk, 37. Em Curitiba: Artur Pedro Nascimento, 67; Reni Lorenzetti, 50; Carlos Roberto Termes, 24; José João Capistran, 38 (seria o chefe do grupo no Paraná); Josué Bonetti, 30, e Adécio Amâncio Correia, 34. Ainda está sendo procurado Carlos Telles, mais conhecido como “Kiko”, que está com prisão decretada e continua foragido.

Golpe

O motorista Brás Claudino registrou ocorrência na delegacia de Araquari (SC), dando conta de que o caminhão Scania, placa LYP-1660, de Blumenau, havia sido tomado em assalto no último dia 4. O veículo foi encontrado dois dias depois por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, abandonado em um posto na BR-277, em São José dos Pinhais.

Após o registro do suposto roubo, policiais de Santa Catarina, comandados pelo delegado Renato Sardagna Poeta, descobriram que o motorista Brás havia simulado o roubo. “Apuramos que o Brás tinha envolvimento com algumas pessoas com passagens pelo nosso sistema penitenciário e acabamos elucidando o caso. Todo o grupo foi identificado e solicitada a prisão dos integrantes. Com os mandados em mãos pedimos ajuda à Delegacia de Estelionato e Roubo de Cargas do Paraná”, disse o policial.

O delegado Agenor Salgado informou que enquanto equipes de Santa Catarina realizavam as prisões naquele estado, os investigadores do Paraná “estouravam” um barracão na Vila Hauer, onde foram presas algumas pessoas e apreendida parte da carga. O restante do material foi localizado no Pinheirinho e já estava em um caminhão, para ser levado ao futuro comprador. “Também encontramos uma pequena amostra de uma carga de calçados e parte de outra de madeira. Estamos entrando em contato com as vítimas para devolver o material apreendido. Acreditamos que eles estejam envolvidos em outros roubos de cargas nos dois estados”, salientou Salgado.

O delegado catarinense disse que os integrantes do grupo do Paraná e de Santa Catarina agiam em conjunto, mas que os integrantes do Paraná não sabiam a localização dos barracões em Santa Catarina e vice-versa. “Isso caracteriza crime organizado”, comentou Renato.

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