Cadáver era devorado por urubus

O apicultor Wladislau Kasuboski, 63 anos, pressentiu que o alvoroço de urubus ao lado da nova rodovia não indicava boa coisa. Como nas redondezas não indicava existe criação, ele aproximou-se com curiosidade das aves e soube que o banquete delas era o cadáver de um homem em estado de decomposição. Vítima de tiros, o desconhecido estava dentro de um filete d`água junto ao quilômetro 83 do novo traçado da BR-116, trecho do Contorno Leste, Vila Macedo, em Piraquara.

Eram 9h de ontem quando o apicultor avisou a PM. O corpo estava já dentro dos limites de uma reserva de eucaliptos do governo do Estado, área que anteriormente pertenceu à Rede Ferroviária Federal. No outro lado da rodovia, fundos da Colônia Penal Agrícola, a Polícia Científica recolheu um cartucho intacto e outro deflagrado de revólver calibre 32. O homem foi assassinado naquele ponto e teve o corpo arrastado pelas águas da galeria pluvial construída por baixo do asfalto.

Tiros

A perita criminal Jussara Joeckel presumiu que o desconhecido foi morto entre sete e dez dias antes e identificou nele duas marcas de lesão por arma de fogo. A ausência de documentos impediu a identificação. “Não temos registro de desaparecidos nos últimos tempos”, falou o soldado Borba, da PM de Piraquara.

A vítima, de 20 a 30 anos de idade, vestia calça jeans azul, camiseta preta com detalhes em laranja, tênis da marca Mizuno e tinha mais de 1,90m de altura. A delegacia de Piraquara aguarda o reconhecimento do corpo para que as investigações ganhem intensidade.

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