Caça-níqueis derruba delegado de Umuarama

Denúncias de que 300 máquinas de caça-níqueis estavam em funcionamento na cidade de Umuarama, interior do Paraná, fez com que o governador Roberto Requião, tomasse uma medida drástica. Ele determinou ontem o afastamento do delegado da cidade, Haroldo Luiz Vergueiro Davison e do comandante do Batalhão da Polícia Militar de Umuarama, Marcelo Figueiredo.

Requião justificou que o trabalho dos policiais não segue à determinação do governo do Paraná na luta contra o crime organizado e o jogo ilegal. ?Não podemos aceitar a proliferação de máquinas caça-níqueis, da jogatina, sem uma ação enérgica das polícias? disse o governador. A decisão foi comunicada durante uma coletiva à imprensa, na feira agropecuária Expo-Umuarama. Na ocasião, o governador disse que mandou reforçar o efetivo na cidade e a realização de operações policiais para a busca e apreensão das máquinas de jogo.

A ordem fez com que na manhã de ontem as polícias Civil e Militar da região realizassem uma operação especial em Umuarama. Foram apreendidas 28 caça-níqueis em dezesseis estabelecimentos, além de flagrar um caminhão que carregava seis máquinas. ?A operação deve continuar até que sejam apreendidas todas as máquinas?, disse o governador. Os substitutos dos policiais afastados serão definidos pelas cúpulas das polícias Civil e Militar em conjunto com o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Jogatina

Em Curitiba, somente este mês foram estourados dois cassinos clandestinos, que pertenciam ao mesmo dono, depois de denúncias feitas à reportagem da Tribuna. No dia 2 de fevereiro, o jornal comunicou o 7.º Distrito (Vila Hauer), que fechou o cassino, que funcionava na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Boqueirão, no prédio de uma pizzaria desativada. Duas semanas depois, outra denúncia dava conta de que o cassino havia voltado a funcionar na Rua Pastor Manoel Virgínio de Souza, no Tarumã. Após comunicar a algumas delegacias, que alegaram que estão proibidas de atuar fora de sua área e outras de que não tinham pessoal suficiente, a reportagem convidou a Promotoria de Investigação Criminal (PIC), que concordou em lacrar um dos locais no último dia 18.

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