Briga entre irmãos, por volta das 20h30 de domingo (13), terminou na morte de um deles, em Araucária. Enéas da Silva Camargo, 28 anos, que se envolveu num homicídio no ano passado, levou dois tiros na cabeça, foi socorrido, mas morreu em seguida no Hospital Municipal de Araucária. O irmão dele, identificado apenas como “Tito”, fugiu com a família.
A confusão aconteceu no endereço deles, na Rua Marcos André Ruthner, no Jardim Santa Regina. Na manhã de ontem, o pai, em um ataque de tristeza e revolta, juntou todas as coisas do assassino e ateou fogo.
De acordo com o superintendente Danilo Duzzi, da delegacia de Araucária, foi o pai de Enéas que acusou o outro filho do assassino. A polícia também apurou que há duas versões para a motivação do crime. A primeira é que os irmãos teriam discutido por causa de um cachorro e a outra, por dinheiro. “Vamos ouvir os familiares para saber o que aconteceu. Ainda não há nenhuma informação oficial”, explicou Danilo.
Os irmãos moravam em casas separadas, no mesmo terreno. Em uma delas, Tito, a esposa e os filhos, e na outra, Enéas, o pai, e o cachorro. Segundo testemunhas, os rapazes já haviam brigado outras vezes. Depois de cometer o assassinato, Tito fugiu levando sua família. A Guarda Municipal fez buscas na região, mas ele não foi localizado.
Fúria
Quando o dia clareou, como se fosse a única forma de amenizar a perda do filho e a mágoa de ter o outro foragido, o pai juntou os objetos que havia na casa onde Tito morava e colocou na frente da residência. Formou uma pilha com computador, roupas, aparelhos eletrônicos e móveis e ateou fogo.
As chamas chamaram a atenção da vizinhança, que de longe viu as coisas queimando, e o pai lamentando o fim da família, que assim como a fumaça, de uma hora para a outra desapareceu.
Comparsas
Em junho do ano passado, Enéas e “Tito” se envolveram na morte de Hélio Ferreira Dantas, 30 anos, que tentou invadir o terreno de uma empresa, no Jardim Shangai, em Araucária. Na época, a Polícia Civil informou que o responsável por tomar conta do terreno era “Tito”. Ele revelou à polícia que estava com o irmão Enéas, quando indivíduos tentaram invadir a área. Enéas teria discutido com um dos invasores, que fez menção de sacar uma arma, e foi baleado.