Boteco vira ringue mortal no Boqueirão

Garrafas quebradas, tacos de sinuca e cadeiras de metal viraram armas e transformaram uma briga de boteco em caso de homicídio. A vítima foi o pedreiro Edson Leoclides Ribeiro Batista, 30 anos, espancado até a morte dentro do bar, na Rua Carlos de Laet, esquina com Rua Waldemar Loureiro de Campos, Boqueirão, às 23h40 de quarta-feira. Pela manhã, um homem foi detido pela Polícia Militar e confessou ter matado o pedreiro.

Depois do crime, o cenário dentro do boteco era de caos: móveis fora do lugar, cacos de vidro pelo chão e muito sangue, por toda parte. Edson teve ferimentos no rosto, na nuca e no pescoço – a jugular foi rompida pelos golpes. Numa jaqueta, que pertenceria a ele, a Polícia Militar encontrou pequena quantidade de maconha e crack.

Em contato com testemunhas, policiais de Delegacia de Homicídios foram informados que eram quatro os autores, que agrediram o pedreiro assim que entraram no boteco. Dois deles, segundo os presentes, eram conhecidos por Maicon e Marcos, moradores da região.

No início da manhã, a Polícia Militar recebeu um telefonema avisando que Marcos Quintana dos Santos, 23 anos, havia chegado ensangüentado em casa, no Boqueirão, e fugido para a residência da avó, na Rua Montesquieu, Barreirinha. A partir da denúncia, feita por um parente do acusado, PMs o abordaram, às 10h. “Ele se entregou pacificamente e logo confessou o crime”, falou o aspirante Peres, do Regimento de Polícia Montada.

Marcos, torneiro mecânico desempregado, alega que apenas se defendeu da ação da vítima, que o teria atacado dentro do bar. “Tive que matar, senão depois ele me pegava”, disse o acusado, que não soube dizer o motivo da primeira agressão. “Nós dois estávamos alcoolizados”, tentou justificar. Ele disse que era cliente assíduo do boteco.

Marcos, que não tinha passagem pela polícia, afirma ter cometido o crime sozinho – embora a polícia desconfie de sua versão. O depoimento de novas testemunhas poderá esclarecer se há outros envolvidos no crime.

Voltar ao topo