Aumenta mistério sobre Vivian

Com o feliz desfecho do caso Gabriele (bebê seqüestrado na noite de sábado, no Hospital Evangélico), os policiais do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) retomaram com mais atenção as investigações para apurar o paradeiro de Vivian Florêncio, 3 anos. A menina está desaparecida desde o dia 4 de março, quando foi vista pela última vez com a mãe, Maria Emília Cacciatori Florêncio, 38. A mulher foi encontrada morta no dia 9, no município de Campina Grande do Sul.

As investigações estão sendo conduzidas em conjunto por policiais do Sicride, da Delegacia de Homicídios e da Delegacia de Vigilância e Capturas. Segundo a delegada Márcia Tavares (do Sicride), existe uma câmera filmadora na Praça Tiradentes, que registra o movimento no local. A fita será analisada pelos policiais, que esperam encontrar a imagem do momento que Maria Emília e Viviam foram abordadas, na tarde do dia 4. ?É possível que elas não estivessem no raio em que a câmara filma, porém temos que analisar todas as possibilidades?, explica a delegada, lembrando que a mulher fez o último contato com a família quando aguardava o suposto pai de Vivian para um encontro na praça.

A delegada acredita que, se houver uma divulgação em massa do desaparecimento da menina, como ocorreu com Gabriele, há grandes possibilidades de ela ser encontrada. Porém, se a divulgação da imagem da menina e do caso não surtir resultados, isso diminui significativamente as chances da menina ser achada com vida. Na tarde de ontem os policiais teriam ido investigar uma denúncia sobre o paradeiro de Vivian, porém, a delegada não foi encontrada pela reportagem para comentar o fato.

Homicídios

Já o delegado Jaime da Luz, da Delegacia de Homicídios, responsável pela investigação da morte de Maria Emília, informou que há laudos periciais pendentes e detalhes que estão sendo investigados para o esclarecimento do caso. Dependendo do resultado das apurações, o sargento Edson Prado, tido até então como principal suspeito do crime, pode ser indiciado em inquérito. Ele está preso temporariamente.

Segundo familiares de Maria Emilia, ela teria apanhado Vivian na creche para se encontrar com o sargento, a fim de discutir sobre a pensão da menina. Porém, o policial nega ter comparecido no local do encontro – previamente combinado entre eles – e ainda questiona a paternidade da menina. O cadáver da mulher foi achado em avançado estado de decomposição, enterrado numa cova rasa, parcialmente coberto por cal. Foi através das impressões digitais que Maria Emília foi identificada. A mulher era mãe de outros dois filhos, de 11 e 14 anos.

Voltar ao topo