Assassinos de cônsul em julgamento

Está confirmada para hoje, a partir das 9h, a sessão no Tribunal do Júri em que serão julgados os matadores de Miguel José Fawor, cônsul de Portugal no Paraná. Fawor tinha 42 anos ao ser assassinado, em março de 2000, por dois garotos de programa, que confessaram o crime ao ser presos. O motivo seria desentendimento pelo pagamento de encontros amorosos.

O cônsul foi golpeado na cabeça com um haltere (peso de ginástica) dentro de sua residência, no Batel, na noite de 2 de março de 2000. Walter Machado Soares, 28 anos, assumiu a autoria do crime. Ele tinha ido à casa de Fawor, que morava sozinho, junto com Carlos Rodrigo Pereira Fraga, 22 anos, para fazer um programa, a pedido do cônsul. Carlos Rodrigo foi o primeiro a entrar no quarto com Fawor para manter relações. Quando chegou a vez de Walter, houve desentendimento – Fawor não teria concordado em pagar o valor pedido por ele. Havia ainda uma pendência anterior entre os dois. Segundo Walter, o cônsul já tinha mantido um encontro amoroso com ele anteriormente, na Sauna 520, quando também ficou devendo R$ 50,00 pelo programa.

Walter disse à polícia que ficou nervoso porque, ao pedir os pagamentos, Fawor o teria humilhado e expulsado da casa. Depois de matar, os dois garotos de programa decidiram simular um assalto. Levaram objetos e o carro, um Mercedes, colocando o corpo do cônsul no porta-malas. Seguiram para a Rodovia das Praias e jogaram o cadáver na altura do quilômetro 40. O corpo foi encontrado três dias depois e em seguida Walter e Carlos Rodrigo foram presos.

Os réus serão julgados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e roubo. A sessão, presidida pelo juiz Fernando Ferreira de Moraes, poderá se estender até a madrugada – pelo menos doze testemunhas serão ouvidas. Na acusação, atuará o promotor Celso Luiz Peixoto Ribas. Os advogados de defesa são Nelmon da Silva Júnior, para Walter, e Roberto Brzezinski Neto, para Carlos Rodrigo.

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