Depois de ter matado a ex-amásia a golpes de canivete, Odair Brandão, 28 anos, foi se juntar à superpopulação carcerária do 10.º Distrito Policial (Sítio Cercado). Atualmente aquela cadeia, com capacidade para 12 pessoas, abriga 48. Odair foi detido por policiais militares do 17.º Batalhão da PM, depois de ser “preso” dentro do ônibus, onde praticou o crime, às 18h de terça-feira.
Ele tentava conversar com Dulcinéia Guesel, 33, pedindo para rever a filha (conforme suas próprias declarações), depois que os dois se separaram há cerca de seis meses. No fim da tarde de terça-feira, Odair pegou o ônibus da linha Maria Angélica, no qual sabia que a mulher havia embarcado no terminal do Pinheirinho. Ele abriu caminho entre os passageiros até se aproximar de Dulcinéia, quando o coletivo trafegava pela Rua Joaquim Simão.
Os dois começaram a discutir e Odair puxou seu canivete automático, passando a desferir vários golpes nela. A mulher ainda tentou se defender, como indicavam os ferimentos em seus braços. No alvoroço, ele foi agredido pelo motorista e outras testemunhas, que conseguiram retirar a mulher do interior do ônibus e deixá-lo “preso” dentro do veículo. Dulcinéia não resistiu e Odair foi detido pela PM.
O casal viveu junto por cerca de 11 anos e, segundo familiares da vítima, Dulcinéia já havia registrado três queixas na Delegacia da Mulher, acusando o amásio de agredi-la e ameaçá-la de morte. Além da menina, de 6 anos, que ela tinha com Odair, outras duas ficaram sem a mãe, que trabalhava como doméstica para sustentar a família.