Assassinada filha de subcomandante da Polícia Militar

Um crime, ocorrido na noite de sexta-feira, chocou moradores do Pinheirinho, em Curitiba, e mobilizou diversas viaturas das polícias Militar e Civil, além da Guarda Municipal. Por volta das 20h30, Dayana Cordeiro de Souza, 16 anos, filha do subcomandante do 13.º Batalhão da Polícia Militar, major Sérgio Cordeiro de Souza, foi assassinada com cinco tiros a uma quadra e meia de sua casa.

De acordo com um amigo de Dayana, ela havia acabado de sair de sua casa – às 20h24 ligou para o celular deste amigo avisando que já tinha saído de casa – e seguiria rumo à residência de uma amiga, onde se encontraria com mais colegas para se divertir. Por volta das 20h30, quando ela passava bem em frente à Igreja Rainha dos Apóstolos, na Rua João Malta de Albuquerque Maranhão – transversal à rua de sua casa – foi alcançada por três rapazes em bicicletas, aparentando serem menores de 18 anos. Um dos garotos teria sacado uma pistola calibre 380 – policiais encontraram cápsulas do armamento no local – e atirado contra a jovem, que tombou à beira da calçada. O aspirante Francis e o soldado Itamar, que foram os primeiros policiais a chegar no local, ainda apuraram com moradores que Dayana havia sido seguida pelos três garotos, por alguns metros, antes de ser morta. Outra informação obtida pelos oficiais é de que ao invés de seguir para uma diversão noturna com os amigos, ela estaria indo à escola, pois de acordo com vizinhos que a socorreram, ela carregava uma bolsa escolar, rasgada e com um zíper aberto.

Paulo da Silva, morador quase em frente onde Dayana foi atingida, e pai de uma das amigas de infância da vítima, conta que logo que eles ouviram os tiros, aproximadamente oito, correram para ver o que acontecia e já encontraram a garota caída. Ela foi socorrida por seu próprio pai, que ao ouvir os tiros, correu para ver o que acontecia e deparou-se com a filha estendida na calçada. Ele a levou ao Hospital do Trabalhador, onde a jovem já chegou morta. Paulo ainda conta que em seguida aos disparos, Dayana ainda gritou o nome da mãe, pedindo ajuda.

Diligências

O fato mobilizou diversas viaturas pelas ruas do Pinheirinho, em busca dos assassinos, além de policiais da alta cúpula da Polícia Militar reunidos no pátio do Hospital do Trabalhador, onde as informações chegavam desencontradas. Oficiais falando baixo em cantos isolados do pátio mostravam a preocupação com o caso, que levantou diversas hipóteses como motivação para o crime. O coronel Xavier, comandante da Polícia Militar no Paraná, disse que ainda era cedo para dar qualquer diagnóstico do caso. "Temos de três a quatro hipóteses, mas estamos centralizando as informações e vamos analisar todas. Não vamos divulgar nada agora para que as investigações não sejam prejudicadas. Temos que ter cautela nessa hora. Só garanto que vamos chegar à autoria do crime", falou o comandante máximo da PM.

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