Uma dupla se deu mal depois de roubar dois carros na noite de sábado. Eles tiveram que passar horas escondidos em uma manilha para tentar despistar a polícia, mas não adiantou, e eles passaram o primeiro dia de 2012 atrás das grades.
Às 20h30, a primeira vítima saiu da garagem de casa com uma Parati e ficou perto do portão aguardando a esposa, que vinha com um bebê no colo, debaixo de chuva, na Rua Arapongas, Sítio Cercado. Antônio Carlos de Freitas, 39 anos, e Daimon Ramon Alves Rodrigues, se aproximaram a pé e anunciaram o assalto.
De acordo com a vítima, que teve até um dente quebrado, eles agiram com extrema violência para render a família. A dupla colocou vários equipamentos eletrônicos no porta-malas e tentou fugir, mas uma quadra depois a Parati, que tinha trava antifurto, desligou.
Antônio e Daimon pegaram o que puderam de dentro do carro e abordaram outro homem, que estava em um Gol nas proximidades, e fugiram com o novo veículo. Segundo a polícia, eles passaram por vários bairros comemorando a virada de ano novo com o carro roubado.
Já por volta das 4h de ontem, uma equipe do 13º Batalhão de Polícia Militar localizou o veículo na esquina entre as ruas Guarda Marinha Greenhalgh e Cid Marcondes de Albuquerque. Os suspeitos correram e entraram em uma valeta, e decidiram ficar escondidos em manilhas até que a polícia desistisse de procurá-los.
Os policiais, entretanto, aguardaram pacientemente. Daimon saiu meia hora depois e foi surpreendido pela equipe. Ele foi encaminhado à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV). Quando a viatura deixou o local, Antônio saiu e caminhou até a casa da irmã, que fica na mesma rua em que a dupla roubou a Parati.
Por volta das 8h30, descontrolado, ele começou a ameaçar a família e arrumar confusão. Depois de ouvir pedidos de socorro, vizinhos chamaram a polícia, que prendeu o suspeito portando um revólver da marca Rossi, calibre 38, com três munições intactas. Antônio também foi encaminhado para a DFRV porque confessou o roubo dos carros, e foi reconhecido pelas duas vítimas.
Antônio já esteve preso por roubo e por dois homicídios. Somadas, as penas a que ele foi condenado, de acordo com a polícia, chegam a quase 60 anos de reclusão. Mesmo assim, ele recebeu da Justiça uma portaria para passar o fim de ano com a família, e deveria voltar para a Colônia Penal Agrícola hoje. Daimon também tem antecedentes criminais.