O taxista Altevir Gonçalves, 21 anos, se apresentou no final da tarde de ontem ao delegado José de Deus, na Delegacia de Homicídios. O rapaz é acusado de ter atirado contra um menor, de 17 anos, pouco depois do término do jogo Brasil e Inglaterra, na madrugada da última sexta-feira.
Algumas testemunhas do fato também compareceram à delegacia e reconheceram o taxista como o autor do disparo que deixou a vítima internada no Hospital do Trabalhador por três dias, correndo o risco de perder os movimentos das pernas. Altevir se apresentou acompanhado de seu advogado e falou pouco sobre o episódio. Pela sua versão, o carro dele foi cercado pelos jovens, que começaram a soltar foguetes. Sentindo-se ameaçado, ele desceu armado para tentar intimidar o grupo. No corre-corre que se seguiu, o pau de uma bandeira teria batido na mão do taxista, quando ocorreu o disparo.
A arma utilizada não foi apresentada ao delegado e a procedência dela também não teve uma explicação convincente. Após seu depoimento, Altevir foi liberado.
Vítima
A vítima também foi prestar esclarecimentos na DH ontem à tarde. Acompanhado por amigos e parentes, o jovem -apoiado em duas muletas – confirmou a versão de que estava festejando a vitória da seleção brasileira com amigos na Rua Othoniel Taborda Reinhardt, Vila São Pedro, quando aconteceram os disparos. “Estávamos em uns quinze comemorando o resultado na frente do bar, no canto da rua. Ele passou e jogou o carro em cima. Antes de atirar, me xingou”, contou o jovem.