Apreendido matador da pró-reitora da UFPR

Um adolescente de 17 anos foi apreendido ontem, em Pinhais, acusado de assassinar a pró-reitora de pesquisa e pós graduação da Universidade Federal do Paraná, Maria Benigna Martinelli de Oliveira, 56 anos. Ele é apontado como o autor do tiro disparado na tentativa frustrada de assalto. Outros dois criminosos, que participaram do plano do roubo, ainda são procurados pela polícia. Trata-se de Airton dos Santos, conhecido por ?Tita?, 39; e Sérgio Ferreira, 26.

O menor foi encontrado no Jardim Weissópolis. Policiais de Colombo descobriram a casa onde ele estava escondido. De acordo com o delegado Hamilton da Paz, o menor confessou o crime e indicou o local onde estavam seus comparsas: outra casa também em Pinhais.

Na casa de Sérgio foi encontrada a motocicleta placa APH 4875, usada por ele e pelo adolescente para seguirem a professora do banco até a casa dela. Na mesma residência a polícia encontrou dois capacetes e a roupa usada por Sérgio no dia do crime. Já na casa de Airton nada foi achado. Sérgio e Airton teriam fugido juntos. A arma do crime não foi localizada. Segundo o adolescente, o plano era dividir o dinheiro. ?Com a minha parte eu iria comprar roupas de surf, boné e tênis?, disse ele.

Crime

Na tarde da última sexta-feira, a professora foi até o Banco Itaú, na Avenida Augusto Stresser, Hugo Langue, para sacar o dinheiro que usaria para pagar os funcionários que faziam obras na sua casa. Quando apanhou R$ 4 mil no caixa, Maria Benigna não imaginava que era observada por Airton, que também estava no interior da agência passando-se por cliente.

Ele então ligou para Sérgio e o menor, que estavam do lado de fora do banco, e passou as características físicas da professora. ?Não tínhamos um alvo certo, fomos atrás dela porque sabíamos que estava com dinheiro?, contou o menor.

Sérgio ficou na direção da moto e o adolescente na garupa. Eles seguiram a professora até a casa dela, na Rua Eli de Macedo, Jardim Social. Airton acompanhou a dupla em seu carro – um Fiesta branco – até metade do trajeto, deixando o assalto por conta dos comparsas.

?Ela estacionou o carro na rua e entrou pelo portão. Eu entrei junto e no terreno mandei parar e dei voz de assalto. A professora reagiu e me deu uma bolsada. Eu atirei e achei que ela estava bem, pois ficou de pé. Fiquei assustado e fugi sem levar nada?, contou o menor.

Airton não tem passagem na polícia, mas Sérgio já foi preso por assalto em 2004, acusado de roubar uma agência do Banco do Brasil, também na Rua Augusto Stresser. Ele foi solto em 2007 por alvará.


Moto e os capacetes usados para a tentativa de roubo também já foram apreendidos
 pela polícia. (Fotos: Átila Alberti)

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