Violência: madrasta confessa à polícia ter matado menina de sete anos

A empregada doméstica Andréa de Freitas, 27 anos, grávida de oito meses, confessou, na madrugada desta terça-feira, durante depoimento à polícia, que matou sua enteada Gabriela Moreira dos Santos, 7 anos.

O crime foi cometido na casa onde a família morava, no bairro Hugo Lange, em Curitiba. De acordo com o delegado Maurílio Alves, da Delegacia de Homicídios, a confissão aconteceu depois de muitas contradições.

?Inicialmente ela estava muito tranqüila, porém, durante seu depoimento, passou a ficar nervosa e se contradizer em muitas situações. Num determinado ponto, ela não conseguiu mais manter suas mentiras e confessou o crime?, declarou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a madrasta confessou ter matado a menina, no período da manhã, pouco tempo depois de seu marido e pai da criança, Valdeci Gonçalves dos Santos, 23 anos, ter saído de casa para trabalhar. ?Ela disse que o marido tinha acabado de sair e que ela também já estava pronta para ir trabalhar. Neste período, ela teria discutido com a garota e, irritada, pegou a faca e matou Gabriela com 98 golpes?, informou Alves.

Andréa disse que, depois de cometer o crime, escondeu sua roupa, suja de sangue, dentro de um guarda-roupa. Em seguida, foi até o tanque da casa onde lavou o tênis que estava usando e saiu para o trabalho.

O delegado contou que a moça teria trabalhado normalmente durante todo o dia e, somente no final da tarde, voltou para casa. Para despistar, ela avisou que havia encontrado a menina morta na dispensa à dona de uma loja da região. O casal e a menina moravam em uma residência de fundos e eram contratados para cuidar da casa principal.

De acordo com a polícia, Andréa teria cometido o crime por ciúmes do marido. ?Parece que o pai dava muita atenção para a menina, o que despertou ciúme por parte da madrasta. Ainda segundo Andréa, a criança sujava bastante a casa e ela ficava irritada com isso?, explicou Alves.

Segundo o delegado, o crime está elucidado. Agora, Andréa, que permanece presa, irá responder por homicídio qualificado e poderá cumprir pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Crime – Antes de confessar a morte da criança, a madrasta disse aos policiais que, quando chegou em casa, no final da tarde de segunda-feira, chamou pela menina que não respondeu. A criança ficava sozinha em casa enquanto o pai e a madrasta estavam no trabalho. Ao entrar na dispensa da casa, ela teria visto a enteada estendida no chão, com cortes por todo o corpo e uma faca cravada no coração.

Desesperada, ela teria corrido para um orelhão, de onde pretendia avisar o marido, porém como não conseguiu localizá-lo teria ido até a loja de uma colega, próximo ao local e pedido ajuda.

Ao todo, Gabriela levou 98 facadas. A jugular da menina estava cortada e parte do rosto estava queimado. Uma lata de óleo automotivo e diversos fósforos foram encontrados no local. O material teria sido usado na tentativa de queimar o corpo da criança.

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