Um tumulto muito grande se formou nas ruas do Centro de Juiz de Fora, em Minas Gerais, quando o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) levou uma facada enquanto era carregado nos braços por apoiadores. Ele foi retirado com urgência por seguranças e foi levado para a Santa Casa de Misericórdia da cidade. O autor da agressão foi detido pelos correligionários do candidato.

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Apesar dos relatos iniciais mostrarem uma aparente tranquilidade sobre o estado de saúde de Bolsonaro após o ataque, as imagens que se seguiram e os relatos mostram complicações após a facada. Ele precisou de intervenção cirúrgica, com várias lesões internas no intestino grosso, delgado e também numa artéria que leva sangue ao intestino.

O suspeito de atacar Bolsonaro foi agredido por pessoas que testemunharam o ataque e detido até a chegada da polícia. Em nota, a Polícia Federal o candidato contava com a escolta de policiais federais quando foi atingido. O agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF de Juiz de Fora. Foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato. O agressor foi identificado como Adélio Bispo de Oliveira.

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Em seu perfil oficial no Twitter, o filho de Bolsonaro, Flávio, comentou o ataque contra seu pai e tentou tranquilizar os eleitores inicialmente, mas duas horas depois postou nova mensagem bem mais preocupado.

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Eduardo Bolsonaro, o outro filho do candidato, também se pronunciou via twitter e pediu orações.

https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1037811731232378880

Repercusão

Faca usada para o ataque. Foto: Divulgação / PMMG

Um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro no Paraná, o candidato a deputado Fernando Francischini, classificou o episódio como um atentado. “Bolsonaro sofreu um atentado, não só físico, mas um atentado contra a democracia brasileira. Alguém que tenta mudar o pais e sofre uma tentativa de homicídio em meio a campanha eleitoral num pais que defende que todos as pessoas podem dar opiniões”, disse à Tribuna do Paraná.

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Líder do PSL na Câmara, Francischini disse via assessoria que vai entrar com representação na Polícia Federal requerendo uma investigação para constatar se há uma autoria intelectual por trás do atentado. “Precisamos saber há mandante, uma autoria intelectual por trás desse atentado político. Esse tipo de ocorrência carrega muitas situações e interesses nebulosos por trás”.

Veja como os demais candidatos à presidência repercutiram a agressão:

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No detalhe, a faca no meio da multidão. Foto: Reprodução

Polêmicas

Antes do ataque, tumultos, tensão e bate-boca marcaram a visita do presidenciável ao hospital filantrópico da Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer (ASCOMCER). Pacientes idosos em tratamento contra a doença tiveram dificuldade para entrar na unidade, devido a um cordão de isolamento feito por integrantes de um movimento conservador da cidade. Veja como funciona o esquema de segurança de Bolsonaro.

 

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