Proteção

Veja como funciona o esquema de segurança de Bolsonaro

Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo

A condição de presidenciável competitivo levou o deputado e militar Jair Bolsonaro (PSL-RJ) a adotar algumas medidas de segurança, o que mudou sua rotina e chama a atenção dos colegas no Congresso Nacional. O esquema que o protege mobiliza um capitão da reserva do Exército, que está permanentemente a seu lado, e um ex-integrante do Bope, o Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar. Nas suas viagens, há um reforço de voluntários, gente da área de segurança, que o protege.

O capitão do Exército acompanha Bolsonaro em todos os seus passos na Câmara. Até mesmo no plenário da Casa, onde ocorrem as votações e o acesso é restrito e permitido apenas a credenciados – como alguns assessores de parlamentares e jornalistas – o presidenciável é acompanhado de seu “guarda-costas“.

No interior do plenário, há uma Sala VIP, assim batizada, onde os deputados sentam para conversar, fazer refeições e lanches e assistem a jogos de futebol e telejornais. A audiência do futebol é grande. Quando Bolsonaro assiste a algum jogo, o capitão está sempre a seu lado,  um pouco mais afastado, mas não muito. Até ali.

É assim também quando Bolsonaro está até mesmo no meio do plenário, e só entre deputados. O militar que faz sua segurança fica numa das laterais, geralmente em pé, observando tudo que se passa com o chefe. Mas o que preocupa são as abordagens de terceiros, de outras pessoas, em especial de fora da Casa.

Bolsonaro é abordado o tempo inteiro e são muitos os pedidos de vídeos e selfies ao lado do presidenciável, que atende, na medida, a todos. No seu gabinete, há uma romaria de admiradores, que chegam a fazer fila. Nessas abordagens, a atenção do segurança é dobrada. O deputado até mudou sua rotina e o trajeto que faz de seu gabinete até o plenário. Ele procura um dos corredores num dos cantos, de menor movimento.

Bolsonaro negou que seu segurança ande armado dentro do plenário. Ele disse que pediu autorização à Câmara para que ele tivesse acesso, não com armas, mas com uma pitada de ironia.

“Eu nem gosto de armas. Só porque sou um capitão da Artilharia?”, disse à Gazeta do Povo.

Segundo sua assessoria, o militar-segurança é lotado como servidor nos quadros do partido. Ele já atuou em ações de segurança de autoridades, como da ex-presidente Dilma Rousseff.

Bolsonaro reforça sua segurança nas atividades externas, nas suas viagens, quando é, aí sim, abordado por centenas de simpatizantes. O deputado também temo hábito de usar coletes a prova de balas. Não dentro do Congresso. Ele diz que todas essas medidas são de precaução e que nunca sofreu alguma ameaça. E que o momento justifica tais cuidados. Outra medida é andar sempre de avião de carreira, em voos comerciais. Assim fará sua campanha. Ele sempre cita o acidente com o ex-presidenciável Eduardo Campos, do PSB, como uma boa razão para tomar seus cuidados.

“A gente nunca sabe o que pode acontecer. Melhor prevenir. Sou a novidade desta eleição e todos estão de olho em mim”, disse Bolsonaro.

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