Vendas da indústria caem 1,51% em maio ante maio 2004, informa CNI

Os sinais de desaquecimento da atividade industrial foram mais fortes em maio,
segundo o boletim Indicadores Industriais divulgado hoje pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI). Dois fatores marcaram esse cenário. As vendas reais
e a utilização da capacidade instalada apresentaram variações negativas em maio
na comparação com maio de 2004. Segundo a CNI, as vendas reais da indústria de
transformação caíram 1,51% ante maio de 2004, e 0,33% ante abril em termos
dessazonalizados. O nível de utilização da capacidade instalada também recuou,
de 82,1% em maio de 2004 para 81,8% em maio deste ano, também em termos
dessazonalizados. Em abril, o uso da capacidade instalada foi de
81,9%.

Também não houve expansão do emprego industrial em maio em relação
a abril, interrompendo uma trajetória de crescimento verificada nos últimos 18
meses. Em relação a maio de 2004, o número de postos de trabalho na indústria
cresceu 5,72% "A ausência de crescimento no emprego industrial, fato incomum nos
últimos 18 meses, pode sinalizar se o arrefecimento da atividade industrial pode
ter enfim chegado ao mercado de trabalho", avalia o boletim da CNI.

A
desaceleração da atividade industrial já havia enfraquecido o ritmo de
contratações. Em 2004, de acordo com os dados da CNI, o emprego industrial
cresceu em média 0,6% ao mês. No primeiro quadrimestre deste ano, essa taxa de
crescimento reduziu-se pela metade. O número de horas trabalhadas na indústria
subiu 7,55% em maio ante maio de 2004 e caiu 0,12% ante abril. Os salários
livres reais pagos pela indústria cresceram 9,22% em maio ante maio de 2004 e
0,78% na comparação com abril.

Voltar ao topo