Trabalhadores da General Motors ameaçam entrar em greve

Trabalhadores da fábrica da General Motors de São José dos Campos (SP) ameaçam entrar em greve a partir de terça-feira caso não consigam um acordo de reajuste salarial. Os 9,5 mil funcionários da montadora têm data-base neste mês e o sindicato local pede 13,8% de reajuste, o que representaria algo próximo de 10% de aumento real. A empresa ofereceu 4,3%, sendo 1,3% de aumento real.

Em reunião realizada nesta quarta-feira (5) entre representantes do Sindicato dos Metalúrgicos (ligado à central Conlutas) e representantes da empresa não houve. Na próxima semana haverá nova negociação. "Terça-feira é o prazo que a GM tem. Se não houver o reajuste que os trabalhadores querem, vamos ter de partir para a greve" , afirmou o diretor do sindicato, Vivaldo Moreira.

A GM não comenta o assunto. Recentemente, a montadora negociou com os trabalhadores a redução de 900 postos de trabalho na fábrica que produz os modelos Corsa, Meriva, Zafira e S10. Cerca de 450 funcionários entraram em um programa de demissão voluntária, um grupo aceitou transferência para outras unidades e outro está em lay-off (afastamento temporário).

Volks

Na Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, representantes dos trabalhadores e da montadora voltam a se reunir amanhã, a partir das 9 horas, para negociar o programa de reestruturação proposto pela companhia. As negociações foram retomadas depois que a empresa suspendeu ontem 1.800 cartas de demissões e os trabalhadores encerraram greve iniciada no dia 29.

Hoje as partes estiveram reunidas entre 13h e 19 horas e hoje (quinta-feira) das 10 horas às 17h30. Na próxima terça-feira haverá assembléia de trabalhadores para avaliar eventual proposta da Volks e, sem um acordo, eles podem retomar a greve.

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