Tome cuidado com a vacina

Foto: Arquivo

Vacinação contra aftosa vai até o final deste mês.

Brasília – O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alerta os pecuaristas para que tomem alguns cuidados ao vacinar os bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. Duas medidas são consideradas fundamentais pela área técnica: a conservação da vacina e a sua adequada aplicação. Neste mês começou a primeira etapa da campanha nacional de vacinação em 15 estados e no Distrito Federal.

Segundo o DSA os pecuaristas precisam manter a vacina sob refrigeração, em temperatura entre 2 e 8 graus centígrados, até sua total utilização. Quando for levado a campo, o frasco deve ser acondicionado em embalagem de isopor com gelo e ficar à sombra. O frasco com o restante das doses deve retornar à geladeira. A vacina não pode ser congelada ou aquecida em hipótese alguma. O congelamento ou o aquecimento faz com que perca a capacidade de imunização.

A aplicação pode ser intramuscular ou subcutânea e a dose correta é de 5 ml, independentemente da idade do animal. A subcutânea é feita embaixo da pele, e a intramuscular, no músculo, mais profundamente. Para reduzir o risco de contaminação e formação de abcessos (caroços). utilizar sempre agulhas e seringas esterilizadas (fervidas).

 A agulha, assinalam os técnicos do Departamento de Saúde Animal, deve ser trocada a cada 10 aplicações. Além disso, as agulhas com ponta torta, aparência de suja ou que tenham caído ao chão também precisam ser imediatamente substituídas.

Após a vacinação o pecuarista deve comparecer à unidade veterinária onde sua propriedade é cadastrada e apresentar a declaração de vacinação acompanhada da nota fiscal da compra da vacina. Com isso, comprova que vacinou seus animais e mantém seu cadastro atualizado.

Até o próximo dia 31, os pecuaristas do Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso (apenas animais até dois anos), Mato Grosso do Sul, parte oeste de Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e DF devem vacinar seus rebanhos. A previsão é de que mais de 120 milhões de animais sejam vacinados até esta data.

Ações em conjunto com o Paraguai

Brasília (ABr) – O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Kroetz, informou que o Brasil já iniciou trabalho conjunto com o Paraguai para combate à febre aftosa nos dois países. Além da coincidência de datas de vacinação dos rebanhos bovinos do Mato Grosso do Sul, Paraná e do Paraguai, foi acertada a harmonização de ações que incluem vacinação assistida, controle do trânsito de animais nas fronteiras e a atualização dos cadastros de propriedades. Este último deverá estar concluído até novembro próximo.

Ao falar na audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, o secretário adiantou que essas ações serão implementadas com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento das Instituições do Mercosul (Focem), da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Banco Mundial (Bird).

Kroetz explicou também que o Orçamento Geral da União prevê, para este ano, R$ 294 milhões para defesa sanitária e fitossanitária em todo o País. ?Até o momento foram liberados R$ 172 milhões, incluindo os R$ 25 milhões, repassados recentemente, por medida provisória, ao Estado do Mato Grosso do Sul.? Desse total, R$ 102 milhões irão para a defesa animal. O restante (R$ 70 milhões), será aplicado em defesa vegetal, custeio e em repasses aos estados.

O secretário reconheceu que os recursos ?estão muito aquém do necessário, considerando a importância do agronegócio brasileiro?. Segundo ele, se faltar dinheiro da União caberá aos estados desembolsá-lo e buscar ajuda de fundos públicos e privados.

Kroetz fez uma detalhada exposição dos programas que o Mapa vem desenvolvendo para controle e erradicação de doenças como aftosa, brucelose, tuberculose e pragas como as moscas-das-frutas, a sigatoka negra e cancro cítrico, entre outras.

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