STJD veta são-paulinos suspensos no clássico contra o Corinthians

São Paulo (AE) – O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) colocou um fim na pretensão do São Paulo de escalar Cicinho, Lugano e Josué no clássico do dia 24 contra o Corinthians – remarcado por estar entre os jogos suspeitos de manipulação pelo ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho. Na tarde desta quinta-feira o órgão indeferiu o pedido do Tricolor, que pretendia escalar os três no jogo da repetição.

Na verdade, o São Paulo tentou se valer de uma artimanha. Disse que o presidente do STJD, Luiz Zveiter, havia garantido que os clubes que tiveram dois jogos anulados – caso do São Paulo – poderiam colocar os suspensos para cumprirem a pena na primeira partida ficando, desta maneira, livres para atuar na segunda.

Apesar de informação não ter sido confirmada em nenhum momento pelo STJD nem pela CBF, o São Paulo tentou tornar a situação irreversível e não escalou os três para o jogo contra a Ponte – realizado ontem em Campinas. Queria, desta forma, que eles ficassem livres para enfrentar o Corinthians. Hoje, o clube foi informado que se não colocou os titulares em campo contra a Ponte, também não poderá escalá-los contra o Corinthians.

Pela manhã, no site oficial do clube na internet, o presidente Marcelo Portugal Gouvêa havia comunicado o técnico Paulo Autuori que os três atletas poderiam ser escalados normalmente no clássico. E divulgava essa informação em entrevistas.

"Essa é a nossa posição (escalá-los para enfrentar o Corinthians). Nós pedimos esclarecimentos, mas não recebemos respostas e usamos as interpretações de todos os advogados que leram o documento. Por isso, eles cumpriram as suspensões contra a Ponte Preta", disse o presidente, no início da tarde, em entrevista à rádio Jovem Pan.

O dirigente chegou até a comentar uma eventual ação do Corinthians contra a escalação dos jogadores no clássico. "Temos que parar de ficar indo ao Tribunal e até para a Fifa (o Santos ameaça ir à entidade mundial contra a anulação de jogos) por qualquer coisa. Precisamos trabalhar dentro de campo", disse ele.

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