Sobrevivente da reforma ministerial, Humberto Costa demonstrou hoje (24) sentir-se fortalecido com os elogios que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente sobre a intervenção no sistema de saúde no Rio. "Sinto minha responsabilidade dobrada com essa manifestação do presidente. Vou continuar a desenvolver o meu trabalho com a mesma serenidade e intensidade que tenho dedicado até agora", afirmou Costa, após inaugurar uma farmácia popular na Central do Brasil, no Centro do Rio.
Costa refutou a idéia de que empreendeu a intervenção no Rio na tentativa de criar fatos para permanecer no cargo e disse não saber avaliar se a medida pesou na decisão do presidente Lula de não trocar o comando do ministério. "Reforma ministerial é decisão única e exclusiva do presidente", repetiu.
Ao chegar à Central, a principal estação de trens do Rio Costa foi cumprimentado por populares e até distribuiu acenos. Depois do afago do presidente Lula, o ministro também arrancou elogios do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Buss, presente à inauguração. "O ministro tem demonstrado plena capacidade de liderança, uma gestão criativa, moderna e coerente com as necessidades sociais. O Brasil tem que agradecer e se orgulhar pela presença de Humberto Costa no ministério", exultou.
A farmácia popular inaugurada pelo ministro é a terceira unidade do programa na capital fluminense. Com a inauguração, já são 39 as farmácias que comercializam medicamentos até 95% mais baratos em funcionamento em todo o País. A inauguração contou também com a presença da ministra Nilcéia Freire, da Secretaria de Promoção dos Direitos das Mulheres. Costa quer que a rede, que tem 60 unidades em processo de instalação, funcione como um dos principais meios de acesso de mulheres a medicamentos contraceptivos. No discurso de inauguração, ele também anunciou para breve um súbsídio de até 50% para baixar os preços nas farmácias privadas de medicamentos para hipertensão e diabetes.