Sindicalistas pressionam para que veto à Emenda 3 não seja votado

Dirigentes e integrantes de sindicatos de todo o país reuniram-se hoje (27) na Câmara dos Deputados com a intenção de mobilizar parlamentares para que não seja votado no plenário do Congresso Nacional o veto Emenda 3 do projeto que cria a Super Receita.

"Se a emenda for a voto, é perigoso ser derrubado o veto do presidente. Então estamos fazendo toda uma mobilização dos trabalhadores", afirmou o presidente da Força Sindical e também deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho.

Os sindicalistas alegam que, caso a emenda seja derrubada, as relações de trabalho serão precarizadas, e os poderes dos fiscais do trabalho reduzidos. A emenda trata também das relações de trabalho entre pessoas jurídicas.

Segundo a presidente interina da Centra Única dos Trabalhadores (CUT), Carmem Helena, estão previstas para o dia 10 de abril paralisações com duração média de três horas por todo o país em protesto contra a votação do veto em plenário. Carmen Helena disse que, se não houver votação, as paralisações serão canceladas.

O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), que também participou da plenária, defendendo que o veto não seja votado, disse que o projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso como alternativa ao veto deve funcionar como um canal de diálogo. "O ideal para se manter o canal de negociação e valorizar o projeto de lei na busca de um entendimento é que o veto não fosse a plenário para derrubar essa ponte de diálogo", afirmou o deputado.

Na opinião de Paulinho, o projeto do governo "é muito ruim" e precisa ser refeito. Para ele, a solução é manter o veto e encontrar uma solução para regulamentar a pessoa jurídica.

Em um auditório com 300 cadeiras, muito tiveram de ficar de pé, agitando bandeiras e com faixas de sindicatos de bancários, trabalhadores em hotéis, metalúrgicos e costureiras, por exemplo Passaram pela plenária deputados como o líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio, o presidente da casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), Marco Maia (PT-RS) e Dalva Figueiredo (PT-AP).

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