Severino diz que vai lutar com todas as forças contra o impeachment de Lula

O presidente da Câmara, Severino Cavalcânti (PP-PE), e a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, fizeram movimentos, nesta terça-feira, para tentar acabar com o mal-estar político criado entre os dois por conta da discussão da possibilidade de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Severino atribuiu à má interpretação da imprensa sua declaração de que estaria pronto para assumir a Presidência da República no lugar de Lula. Já Dilma, ao saber da fala de Severino, disse que a discussão era uma " "irracionalidade".

Severino responsabilizou a imprensa pela confusão. "A imprensa gosta de noticiar a metade. Não diz o que eu disse", afirmou. "Eu disse o seguinte: que ia lutar com todas as forças para que esse impeachment não fosse realizado, porque até agora não encontrei nada que pudesse comprometer a honorabilidade do presidente da República", afirmou.

Segundo Severino, a repórter insistiu em perguntar se ele estaria preparado para assumir a presidência no caso de impeachment, o que o levou a responder: "Claro e evidente. Se eu sou presidente da Câmara e estou preparado para ser presidente da Câmara, eu estou preparado para assumir qualquer cargo."

O presidente da Câmara ressaltou que não está "com aquela vontade nem o desejo de ser presidente da Republica". Severino ainda completou: "Mas se assim tiver de ser, se houver algum deslize, que eu não vi até agora do presidente, não há outra alternativa a não ser fazer cumprir a Constituição."

Ao comentar a declaração de hoje, Severino afirmou não considerar precipitado discutir a possibilidade de impeachment. "Pode ser discutido, mas não podemos de antemão ficar marcando data nem dizer que vamos assumir a Presidência ou não. Se tem algum deslize do senhor presidente, ele é tão humano quanto eu tem de pagar pelo que ele fez", afirmou.

A assessoria especial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, divulgou nota, afirmando que, em nenhum momento, ela disse que o presidente da Câmara teria "um grau de irracionalidade muito grande".

Segundo a nota, a ministra disse que a proposta de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem "um grau de irracionalidade muito grande".

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