Servidores monitoram passos do governo na votação da reforma

A possibilidade de antecipação do início da votação da reforma da Previdência para amanhã levou os servidores públicos também a anteciparam em um dia a marcha de protesto que a categoria havia programado para quarta-feira. Pelo menos três mil manifestantes deverão estar em Brasília já nesta terça-feira para a queda-de-braço com o governo, segundo informou Vicente Neto, um dos coordenadoeres do Comando Nacional de Greve dos Servidores.

A expectativa do comando é de colocar na Esplanada dos Ministérios pelo menos 40 mil servidores de todas as partes do país até a quarta-feira. Eles virão participar dos atos de protestos contra a reforma da Previdência que serão realizados enquanto a proposta do governo estiver sendo votada no plenário da Câmara.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), divulgou há pouco nota pedindo aos parlamentares voto contrário ao texto da reforma. Os deputados que votarem a favor da reforma terão seus nomes e fotos amplamente divulgados em todo o país, como forma de queimação perante o eleitorado.

O presidente da Câmara, João Cunha (PT-SP) e o relator da reforma, José Pimentel (PT-CE), estão reunidos neste momento com representantes dos servidores públicos. João Paulo afirmou há pouco que não é justo dizer que não houve avanço na proposta. Ele lembrou que o texto enviado pelo governo à Câmara não previa a integralidade nem a paridade para os servidores, avanços incluídos no relatório.

Os partidos da base do governo estão discutindo mecanismos, segundo João Paulo, para a inclusão de 40 milhões de trabalhadores hoje sem qualquer benefcio previdenciário. “Estes avanços podem ser insuficientes para as entidades dos servidores públicos, mas não é verdade que não houve avanços”, protestou o parlamentar.

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