BATEU A LARICA!

Dupla vai parar na cadeia por furto de batata palha em Curitiba

Foto: José Moraes/Guarda Municipal

Foi por pura sorte que uma equipe da Guarda Municipal conseguiu localizar e prender dois homens que supostamente tinham acabado de furtar um fardo de batata palha de um caminhão. O veículo estava estacionado na Linha Verde e aguardava para descarregar no Max Atacadista, que pertence ao grupo Mufatto e fica no bairro Pinheirinho, quando a dupla agiu. No momento em que o motorista e o ajudante desceram para apresentar a nota fiscal da entrega, os bandidos aproveitaram para retirar um dos fardos, levando embora cerca de 10 pacotes do produto.

Foi por puro azar que os ladrões foram vistos por testemunhas, que não hesitaram em avisar uma equipe da Guarda Municipal de Curitiba que patrulhava nos arredores. Os agentes nem precisaram ir longe: a dupla fugia a bordo de um Fusca prata e foi rapidamente localizada. “Dentro do veículo nós encontramos material furtado e as pessoas que nos avisaram do crime reconheceram os suspeitos na hora”, explica o guarda Vagner Bastos.

Manjados e esfomeados

Ainda conforme a GM, os dois frequentavam a região já havia algum tempo, sempre em atitude suspeita, tentando cometer furtos. “Eles estavam manjados pelos moradores, só que desta vez foi diferente porque a ação foi bem-sucedida, ao menos de início”. Ambos têm passagens pela polícia por diferentes crimes e foram levados para a Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas de Curitiba, no bairro Campina do Siqueira, onde permanecem à disposição da Justiça.

Chama a atenção o que eles faziam no momento em que foram flagrados. “Eles tinham aberto um dos pacotes e já estavam comendo”, lembra Eliéser, tentando não rir da situação. A GM afirma que o Fusca é “quente”, ou seja, é documentado e não tem alerta de roubo nem furto, mas está sem o banco da frente.

Dentro, espalhadas pelo assoalho do veículo, várias ferramentas possivelmente usadas em pequenos delitos, papéis, bastante sujeira e algumas mimosas. Afinal, frutas ácidas ajudam a combater os radicais livres depois de uma “refeição” gordurosa e também servem de sobremesa.

De bobeira

O caminhão trazia a carga de São Paulo e ficou estacionado na Linha Verde porque não havia vagas no estacionamento do supermercado e nem na via em frente ao estabelecimento, a rua Lothário Boutin. É isso, ao menos, o que afirma Eliéser Guedes, ajudante do motorista. “A gente desceu pra entregar a nota, então nem batemos o cadeado de novo porque teríamos que abrir em seguida para descarregar. Quando surgiu uma vaga no pátio e o motorista foi buscar o veículo, ele voltou correndo e gritando que alguém tinha mexido na carga”. E se os guardas não tivessem conseguido encontrar os ladrões? “Daí provavelmente a gente teria que tirar do bolso para pagar”. O fardo foi avaliado em cerca de R$ 180.