Investigação

Dono de joalheria que matou assaltante no Centro de Curitiba segue preso: arma era ilegal

Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.
Assalto à joalheria mobilizou efetivos da PM e da Polícia Civil na tarde de quarta-feira (20). Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

O dono da joalheria na Galeria Lustoza, no Centro de Curitiba, que matou um assaltante na tarde de quarta-feira (20) passou a noite na cadeia. Ele vai responder por porte ilegal de arma e fraude processual e ainda pode ser indiciado por homicídio.

O homem de 40 anos que morreu teria tentado assaltar a joalheria. Durante a abordagem, o proprietário do estabelecimento lutou junto com o segurança contra o ladrão, que acabou atingido pelo dono do estabelecimento com um tiro no peito e outro na cabeça. O suspeito morreu na hora.

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O empresário não tinha posse da arma e está preso no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), unidade da Polícia Civil que investiga o caso.  “A arma é ilegal. O dono alega que comprou em uma pescaria e é bem antiga. É um revolver calibre 32”, explica o delegado Rodrigo Brown, que conduz o inquérito.

Já a fraude processual é por ter escondido a arma após disparar contra o assaltante. “O revólver estava em um estacionamento e foi encontrado por policiais militares”, aponta o delegado. Além do dono da joalheria, o segurança da loja também vai responder por fraude processual por ajudar a esconder a arma. O segurança já foi liberado ao pagar fiança.

Tentativa de Homicídio
O dono ainda pode responder por tentativa de homicídio, conforme o resultado da audiência de custódia e a decisão do Ministério Público (MP), responsável por fazer a denúncia à Justiça.“ Essa possibilidade não pode ser descartada, mas no processo vamos repassar que foi uma tentativa de defesa com imagens e relatos. Vamos mostrar que ele não fugiu e se mostrou disposto a ajudar nas investigações”, conclui o delegado.