Recomendação

Impermeabilização de sofá nunca deveria ser feita dentro de residências, dizem bombeiros

Felipe Rosa / Tribuna do Paraná

Para o Corpo de Bombeiros, os síndicos deveriam proibir os trabalhos de impermeabilização de sofás dentro dos apartamentos. A recomendação é feita pelo major Eduardo Pinheiro, subcomandante da corporação em Curitiba, após a explosão de um apartamento no bairro Água Verde, na manhã do último sábado (29), durante um serviço do tipo. Um menino de 11 anos morreu e outras três pessoas ficaram gravemente feridas com o acidente.

+ Atenção! Você está a um clique de ficar por dentro do que acontece em Curitiba e Região Metropolitana. Tudo sobre futebolentretenimentohoróscopo, blogs exclusivos e os Caçadores de Notícias, com histórias emocionantes e grandes reportagens. Vem com a gente!

A explosão teria acontecido justamente porque o tipo de impermeabilização realizado usava um componente altamente inflamável. A fonte de ignição que teria iniciado o incêndio e, consequentemente, a explosão ainda está sendo investigada pela Polícia Civil através da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam).

“Eu diria que o síndico deve proibir atualmente porque está comprovado o risco”, afirmou o major em entrevista ao jornal Boa Noite Paraná, da RPC. “Não podemos esperar que aconteça um próximo para que alguém tome uma medida, que pode ser feita agora”. Segundo ele, o foco tem que sera preservação da vida dos moradores.

+Leia mais: Saiba como funciona equipamento que pode ter causado explosão de apartamento

Apesar da ideia de que bastar abrir as janelas do imóvel para diminuir os riscos durante o procedimento, Pinheiro garante que não há uma maneira totalmente segura de fazer esse tipo de impermeabilização dentro de residências. “Não há níveis seguros e isto fica comprovado, não somente com os casos que já aconteceram no Paraná, mas em outros lugares do Brasil. Aquela recomendação de ventilar o ambiente, deixar a janela, não é o suficiente para evitar que aconteça uma tragédia”, destaca.

A preocupação em prédios se torna maior porque o risco de um acidente pode atingir mais pessoas do que quem vive no imóvel. “Quando nós falamos de condomínios, a nossa atitude se reflete sobre a coletividade. É preciso uma preocupação muito maior do síndico, inclusive de proibir que se faça esse tipo de atividade com líquidos inflamáveis”, ressalta o major.

Já em entrevista ao Meio Dia Paraná, também da RPC, a advogada do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), reforça que os síndicos devem estar atentos a essa situação. “O condomínio pode exigir quais equipamentos serão apresentados. Como se trata de produto químico, teria que ficar até atento, cobrar uma autorização de algum órgão responsável”, indica.

Você lembra das ‘bruxas de Guaratuba’? Caso é lembrado em podcast e vai virar série