O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse nesta segunda-feira que a continuidade da queda na taxa básica de juros (Selic) aliada a investimentos e melhorias de infra-estrutura são medidas que ainda podem ser feitas nos próximos meses de governo. Na avaliação dele, há espaço para encurtar os juros sem gerar inflação. "Não vejo risco de inflação de demanda, porque em todos os segmentos da produção brasileira há sobra de capacidade de produção".
Ao mesmo tempo, ressaltou o ministro, com a redução das alíquotas de importação de alguns setores e com a atual taxa de câmbio, há aumento das importações, que cresceram 25% no mês de março. "Portanto qualquer tipo de falta de produto que pudesse acontecer seria suprido pela meta de produção nacional e pelas importações".
Furlan disse ainda que a balança comercial brasileira continua crescendo tanto nas exportações quanto nas importações, o que está relacionado com novos mercados e com produtos nos quais está havendo uma certa compensação de segmentos que estão com dificuldades e outros que abriram mercado.
Segundo ele, o governo está estudando as reivindicações dos setores em dificuldades. "Alguns já foram atendidos e estamos procurando encontrar caminhos. Um deles é reduzir custos de produção, de transporte, da intermediação financeira e ao mesmo tempo linhas de crédito que dêem sustentabilidade aos setores", disse.