Secretário defende prioridade para agricultura familiar

Brasília – A agricultura familiar é responsável por 60% dos alimentos consumidos pelos brasileiros: 84% da mandioca; 67% do feijão; 52% do leite; 49% do milho; 40% das aves e ovos e 58% dos suínos. Os dados, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), demonstram a importância da escolha do tema agricultura familiar pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) para celebrar a Semana Mundial da Alimentação, que começou dia 16 e se estende até a próxima sexta-feira (20).

O secretário de Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini, disse nesta quarta-feira (18) ao comentar o tema, que há dois grandes desafios no meio rural: incentivar a agricultura para a produção de alimentos e dar prioridade à agricultura familiar.

?A semana de alimentação este ano fala nos investimentos na agricultura familiar para garantir a segurança alimentar para cumprir esses dois desafios. Primeiro cada vez mais ofertar alimentos à mesa do brasileiro e segundo para que através da agricultura a gente possa gerar emprego, renda e trabalho a toda a nossa população rural?.

Segundo o MDA, quase 90% dos estabelecimentos rurais no Brasil são de agricultores familiares e mais de 80% de todo o trabalho no campo vêm da agricultura familiar. ?Quando falamos do feijão, da mandioca, do leite, dos pequenos animais, dos hortigranjeiros, estamos falando de produtos típicos ofertados pela agricultura familiar. E um outro fato importante é que no campo que a gente ainda tem grandes desafios de pobreza rural?, disse o secretário.

De acordo com Biachini, nos últimos três anos e meio foram investidos mais de R$ 18 bilhões na agricultura familiar. E segundo ele, para a safra 2006/2007 estão reservados mais R$ 10 bilhões em linhas de crédito rural.

O secretário anunciou que todos os créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terão amparo numa garantira de preços. ?Se o preço cair abaixo desse preço mínimo, haverá um desconto no pagamento de crédito?.

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