A Secretaria de Estado da Segurança Pública e a empresa Força Livre Motorsport vão se unir para acabar com os “rachas” nas ruas de Curitiba. A intenção é atrair os motoristas adeptos da direção perigosa para que as disputas sejam tiradas das avenidas e levadas para o Autódromo Internacional de Curitiba. Atualmente, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) e a Força Livre, já fazem um trabalho de prevenção e de conscientização, porém sem integração das ações.
A meta, com a parceria, é uma atuação conjunta. As fiscalizações do BPTran serão acompanhadas por funcionários da empresa, que farão um cadastro dos “corredores de rua” com o objetivo de mostrar a eles que a velocidade e as manobras radicais trarão segurança a todos se forem feitas numa pista própria.
De acordo com o comandante do BPTran, tenente-coronel Altair Mariot, os adeptos dos “rachas” se reúnem geralmente nas proximidades de lojas de conveniências de postos de combustíveis, onde compram bebida alcoólica. “Os focos de disputa de corridas de rua são alvo de fiscalização, mas nem sempre conseguimos apreender os carros, a maioria irregulares, e os responsáveis pelas infrações”, afirmou.
Cadastro
A idéia dos diretores da Força Livre, é estar junto com os policiais militares do BPTran nas blitze e cadastrar os “pilotos de rua”, convidando-os para correr no autódromo.
“Queremos promover eventos para que os donos dos carros usem a pista própria seja para competições ou para lazer”, disse Eduardo Pereira, um dos responsáveis pela empresa.
Pereira informou que a Força Livre Motorsport já possui uma listagem de pilotos eventuais e pretende aumentar este cadastro. “Hoje sabemos que já existe uma conscientização maior, mas queremos contribuir com mais segurança para todos”, disse ele. Na opinião do comandante do BPTran, a partir deste cadastro será possível confrontar com os dados da PM e ficará mais fácil identificar os pilotos e as pessoas mal-intencionadas. “O risco de correr nas ruas é grande para quem está ao volante e também para aqueles que podem ser vítimas de acidentes. Sem falar no som alto e no barulho, que também geram grande incômodo aos moradores vizinhos”, disse o coronel.