Secretaria da Saúde alerta sobre os cuidados com a lagarta Lonomia

Apesar da época do ano não ser propícia para o aparecimento da lagarta Lonomia, na tarde desta sexta-feira (12), a Secretaria de Estado da Saúde identificou um foco no bairro Santa Cândida, em Curitiba, sem acidentes. Somente neste ano, foram registrados 20 acidentes com a Lonomia no interior do Estado, nos municípios de Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco e Francisco Beltrão. O último caso registrado na capital ocorreu em 2002.

A chefe do setor de Zoonoses da Secretaria da Saúde, Gisélia Rúbio, explicou que normalmente a lagarta aparece durante a primavera e o verão, conforme o seu ciclo. ?O calor prolongado dos últimos dias pode ter favorecido que as lagartas tivessem na fase de larva. Imaginava-se que todas estivessem na fase de pupa, enterradas para eclodir somente em setembro?, disse.

Um acidente com a Lonomia, lagarta que possui aproximadamente 6 centímetros de comprimento, pode levar uma pessoa à morte em até quatro dias, se o acidentado não procurar atendimento médico. Ela tem o corpo revestido de espinhos, como se fosse um pinheiro. Esses espinhos contêm uma toxina que pode impedir a coagulação do sangue, provocando uma hemorragia.

?É importante olhar atentamente as folhas e os troncos das árvores, verificando a presença de folhas roídas, casulos ou pupas e fezes de lagartas. Além disso, é preciso usar sempre luvas quando for manipular troncos, árvores frutíferas ou em atividades de jardinagem?, avisa Gisélia.

A Lonomia vive em grupos que contêm até centenas de lagartas e sua coloração é em geral marrom-claro esverdeada ou marrom amarelada, com três listras de cor castanho escura. O inseto se alimenta preferencialmente de folhas das árvores silvestres e de algumas frutíferas como pêssego, ameixa, abacate, goiaba, e o período de alimentação é durante a noite.

?Deve-se tomar cuidado, pois quando estão em grupo podem ser facilmente confundidas com o tronco?, alerta Gisélia, que também esclarece que normalmente as lagartas ficam nas partes mais baixas das árvores. Esse fato é apontado como a principal causa de acidentes.

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