Satélite monitora agricultura no Paraná

Quarenta técnicos da Secretaria da Agricultura começam, hoje, trabalho de campo para verificar se as lavouras que aparecem em imagens de satélites como de milho e de soja são realmente dessas culturas. O trabalho faz parte do programa Geosafras, que a Seab desenvolve em parceria com Conab, Ipem, Unicamp, Simepar e Inpe. O programa permite o uso do sensoriamento remoto, por meio do Sistema Global de Posicionamento de Satélites (GPS), para a previsão de safras.

A coordenadora do projeto, Gilka Cardoso Andretta, explicou que hoje inúmeros satélites passam sobre o Paraná, oferecendo imagens de ótima qualidade que estão sendo usadas como referência.

Conforme as imagens fornecidas, os técnicos vão a campo, munidos do GPS, para avaliar o que está sendo plantado. Para medir a produtividade das lavouras, os técnicos da Seab desenvolveram um cálculo de estresse da planta, que analisa o balanço hídrico e o tipo de solo.

A iniciativa de usar meios tecnológicos para fornecer um real panorama das plantações é inédita no País. "Nosso objetivo é oferecer aos agricultores números confiáveis, de forma com que o preço recebido na venda reflita o real tamanho da oferta", ressaltou o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti.

O programa começa por 30 municípios de diferentes regiões do Estado sorteados pelo INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Nesta primeira etapa, vai analisar apenas as plantações de milho e soja. Cem pontos de cada município vão ser monitorados.

Os equipamentos foram emprestados pela Conab através de convênio. De acordo com Gilka Andretta, a Companhia Nacional de Abastecimento escolheu a Seab como parceira desse trabalho, em função do trabalho de previsão subjetiva que o Deral (Departamento de Economia Rural) desenvolve mês a mês. "Foi pela capilaridade que o técnico do Deral tem, pela sua visão de conhecer a região e estar acompanhando sistematicamente a evolução das lavouras", explicou.

Ainda de acordo com Gilka, o programa Geosafra vai permitir um avanço nos serviços de previsão de safra, já que o uso de imagens de satélites, mais os recursos cartográficos, possíveis com o avanço do sensoriamento remoto, vão dar transparência ao resultado, fazendo com que as informações cheguem em tempo real aos órgãos de governo, aos produtores, exportadores e demais segmentos envolvidos na cadeia produtiva da soja e do milho.

O prazo para conclusão do trabalho é 15 de fevereiro.

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