Rio vai receber os 600 agentes da Força Nacional até terça-feira

A Força Nacional de Segurança Pública deve desembarcar no Rio de Janeiro no máximo até terça-feira para ajudar a polícia local no combate às facções criminosas que desencadearam uma onda de ataques nos últimos dias, com 19 mortos até agora. Pelo menos 600 homens, já treinados pelo Batalhão de Operações Especiais do Rio e ambientados na cidade, estão aptos a atuar na ofensiva contra o crime, acertada pelos governos federal e estadual. Autoridades federais e estaduais já estão tomando providências para deslocamento e acomodação das tropas.

A informação foi dada hoje pelo secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, designado pelo Ministério da Justiça para coordenar as negociações em torno da ajuda federal pedida pelo governador do Rio, Sérgio Cabral.

Por questões de logística, o que inclui alojamentos e infra-estrutura operacional, as tropas vão chegar gradativamente e, no primeiro momento, atuarão no policiamento das estradas e vias de acesso ao Rio, além da região de fronteira, com foco no tráfico de drogas e de armas. À medida que forem se aproximando a data dos Jogos Pan-Americanos, em junho, o efetivo atingirá o pico e se estenderá até a cidade, onde se integrará às ações de segurança. Segundo o secretário, a atuação da Força inclui policiamento ostensivo e incursões em áreas de risco, inclusive favelas e tradicionais pontos de drogas. Mas o comando das ações estará a cargo das autoridades estaduais de segurança.

As Forças Armadas vão dar suporte ao deslocamento das tropas federais, mas não participarão de troca de tiros com bandidos, nem das ações policiais. "Isso só ocorrerá num segundo momento, se todos os esforços coordenados pelas autoridades estaduais falharem, caracterizando-se o cenário de intervenção.

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